Câmbio

Corrida por proteção diante de quadro fiscal doméstico pressiona dólar

Atualizado 01/07/2024 às 17:16:57

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[01/07/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar à vista voltou a subir com força diante do real nesta segunda-feira, com operadores relatando um movimento de “stop loss” em posições vendidas no câmbio, principalmente no mercado futuro.

Ao contrário de outros dias, não houve um estopim para a disparada da moeda a partir do meio da tarde hoje, mas os motivos domésticos permanecem os mesmos: as sinalizações do governo de que não pretende cortar gastos, o que dificulta o cumprimento das metas fiscais.

Lá fora, o cenário também foi de alta do dólar sobre as divisas emergentes, além de avanço nos juros dos Treasuries para as maiores taxas em quase um mês. O mercado ainda repercute o fraco desempenho de Joe Biden no debate presidencial da última quinta-feira.

Além disso, Trump conseguiu hoje uma vitória importante na Suprema Corte americana, que considerou que ex-presidentes têm direito à imunidade parcial em processos na Justiça. Uma eventual vitória republicana tende a elevar o gasto público nos EUA, o que explica o movimento de apreciação nos juros dos Treasuries, inflando também o dólar.

O dólar à vista fechou em alta de 1,16%, a R$ 5,6533, perto da máxima do dia (R$ 5,6578). Na mínima, marcou R$ 5,5667. Às 17h07, o dólar futuro para agosto avançava 1,02%, a R$ 5,6680.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,04%, para 105,821 pontos, apoiado pelo avanço do euro (+0,25%, a US$ 1,0739), que reage ao resultado das eleições legislativas na França. A libra seguia estável, a US$ 1,2645.

(Téo Takar)

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