Análise

Crescimento de 9% da receita líquida não é suficiente para evitar déficit primário em maio

Atualizado 28/06/2024 às 16:06:24

https://www.bomdiamercado.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Felipe-Salto-1.jpeg

Governo Central registra déficit primário de R$ 61,0 bilhões em maio, 30,4% pior que o observado no mesmo mês do ano passado, segundo destacou Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto.

Segundo ele, a receita líquida seguiu com crescimento robusto, de 9,0%, beneficiada pelo cenário macroeconômico e pelas medidas arrecadatórias adotadas em 2023. Em especial, nesse mês ingressaram R$ 7,3 bilhões decorrentes da taxação das offshores.

As despesas tiveram avanço de 14,0%, por conta dos gastos de auxílio ao Rio Grande do Sul, do adiantamento do cronograma do 13º do INSS e das vinculações dos dispêndios ao salário-mínimo e à arrecadação, casos da previdência, Benefício de Prestação Continuada e da função Saúde.

O quadro de avanço consistente da arrecadação conjugado com o crescimento das despesas reforça dois aspectos: primeiro, de que a agenda do governo relativa à elevação das receitas vem surtindo efeito; segundo que, sem uma agenda de controle dos gastos, o processo de ajuste fiscal não se consolidará.

Para 2024, a Warren projeta déficit primário de R$ 78,4 bilhões. Excluídas desse cômputo as despesas extraordinárias relativas à calamidade pública no RS, o déficit esperado cai para R$ 61,0 bilhões, rompendo a banda inferior da meta de resultado primário.

Compartilhe:


Veja mais sobre:


Veja Também