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Aperto monetário global e crise imobiliária na China mantêm clima de aversão ao risco

Atualizado 25/09/2023 às 18:08:05

A aversão ao risco predominou nos mercados globais nesta segunda-feira, em meio à perspectiva de que o Fed, o banco central americano, mantenha os juros em níveis altos por mais tempo. Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, declarou hoje que os dirigentes do banco não discutiram corte de juro na última reunião de política monetária. Lá também a perspectiva é de um longo período de juros altos.

O agravamento da crise no setor imobiliário na China e o difícil quadro fiscal doméstico foram outros fatores a pesarem sobre os ativos de risco. A incorporadora chinesa Evergrande voltou a atrasar pagamentos e está proibida de realizar novas captações devido a uma investigação sobre uma de suas afiliadas. O cenário de incerteza sobre o crescimento da economia chinesa derrubou os preços das commodities e prejudicou o desempenho das moedas de países produtores, como o real brasileiro.

O dólar à vista fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,9662. O Ibovespa fechou com leve queda de 0,07%, aos 115.924,61 pontos, com o recuo das ações da Vale (-2,06%) pesando no desempenho do índice. O volume financeiro somou R$ 17,1 bilhões, próximo do valor de sexta-feira (R$ 17,6 bilhões) e novamente bem abaixo da média diária de agosto, de R$ 25,424 bilhões.

Apesar do clima de aversão ao risco, as bolsas americanas esboçaram uma recuperação no fim da tarde. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,13%, aos 34.006,88 pontos. O S&P500 ganhou 0,40%, aos 4.337,44 pontos. E o Nasdaq avançou 0,45%, aos 13.271,32 pontos. (Téo Takar, Ana Conceição e Igor Giannasi)

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