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Arcabouço fiscal sai da gaveta e traz alívio aos ativos brasileiros; bolsas em NY sofrem com incertezas no setor bancário

Atualizado 22/08/2023 às 18:23:57

As bolsas em Nova York tiveram uma sessão negativa nesta terça-feira, pressionadas pelas ações do setor bancário, após a agência de classificação de risco S&P rebaixar a nota de crédito de pelo menos quatro bancos regionais dos Estados Unidos, dias depois de outra agência, a Moody’s, fazer a mesma coisa. JPMorgan, Wells Fargo e Bank of America caíram mais de 2%.

A ação da gigante do varejo Macy’s afundou 14% com o aumento da inadimplência em cartões de crédito, levantando preocupações sobre a saúde do consumidor americano. O índice Dow Jones caiu 0,51% (34.289,03 pontos), o S&P500 recuou 0,28% (4.387,65).

Já o Nasdaq, que disparou ontem levado pela Nvidia, oscilou entre pequenas perdas e ganhos e fechou perto da estabilidade, com alta de 0,06% (13.505,87 pontos). A ação da fabricante de chips caiu 2,80% hoje, depois de marcar máxima histórica ontem, com alguma realização de lucro.

Nesta semana, a movimentação dos papéis da empresa, que divulga balanço amanhã e responde por mais de 3% da composição do índice S&P 500, é visto por analistas como um norte para os mercados, juntamente com o discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, agendado para sexta-feira.

Na bolsa brasileira, o Ibovespa teve um dia positivo desde o início da sessão e expandiu os ganhos após a confirmação de que o arcabouço fiscal será votado hoje na Câmara. O índice fechou com alta de 1,51%, aos 116.156,01 pontos, mas o volume financeiro seguiu fraco: R$ 20,5 bilhões, abaixo da média diárias de R$ 24 bilhões registrada em julho.

A forte recuperação nos preços do minério de ferro na China hoje deu suporte às ações ON da Vale, que subiram 2,25%, para R$ 62,58, impulsionando o Ibovespa. Petrobras ON (+1,33%, a R$ 33,50) e PN (+1,32%, a R$ 30,61) ignoraram o recuo dos preços do petróleo e também ajudaram na alta do índice da bolsa brasileira. A estatal ampliou os ganhos no fim do pregão com a notícia de que a Advocacia Geral da União deu parecer favorável à exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,76%, a R$ 4,9407, com a melhora do risco fiscal, após líderes da Câmara confirmarem que a votação do arcabouço fiscal acontecerá ainda hoje. As declarações do relator do projeto, deputado Cláudio Cajado, no início da tarde trouxeram alívio também aos juros futuros, que devolveram boa parte dos prêmios acumulados nos últimos dias. O mercado aguarda desde o início do mês um desfecho para a novela da regra fiscal, que abrirá espaço para a discussão do Orçamento de 2024, além de dar maior previsibilidade sobre o rumo da dívida federal. (Téo Takar e Ana Conceição)

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