Os mercados brasileiro e americano tiveram uma sessão de forte aversão ao risco nesta segunda-feira, após dados de atividade do setor industrial (PMI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos referentes a setembro virem acima do esperado.

Os números mostraram que a economia americana segue muito aquecida e reforçaram a percepção dos investidores de que o Fed, o banco central americano, terá que subir os juros pelo menos mais uma vez ainda neste ano.

Dólar e os juros dos Treasuries, os títulos de dívida dos EUA, registraram forte alta, com o mercado se ajustando à possibilidade de mais aperto monetário. A moeda americana fechou com valorização de 0,79%, a R$ 5,0667.

Nas bolsas, a sessão foi marcada por forte onda de vendas, especialmente no fim da manhã, logo após a divulgação dos números que mostraram a economia americana aquecida. No fim da tarde, porém, a forte baixa nas cotações atraiu compradores para alguns papéis, ajudando os índices a fecharem longe das mínimas.

Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,22%, aos 33.433,35 pontos. O S&P500 subiu 0,01%, aos 4.288,39 pontos. E o Nasdaq subiu 0,67%, aos 13.307,77 pontos.

Por aqui, além do mau humor externo, investidores reagiram mal também ao número de geração de empregos (Caged) no país em agosto. Foram criadas 220,8 mil vagas, bem acima do teto das estimativas do mercado (209,6 mil). O dado chancelou a ideia de que, com uma atividade econômica resiliente, não há espaço para o Banco Central acelerar o corte da taxa Selic.

O Ibovespa fechou com queda de 1,29%, aos 115.056,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 15,7 bilhões. (Téo Takar e Ana Conceição)