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Aversão ao risco após corte no rating dos EUA derruba bolsas e eleva o dólar

Atualizado 02/08/2023 às 18:09:34

As bolsas fecharam com queda forte em Nova York, reagindo ao corte do rating dos EUA (de AAA para AA+) pela Fitch, ontem. O dólar e os juros futuros subiram.

O aumento da emissão de dívida do Tesouro americano, acima do esperado pelo mercado, apenas um dia após o rebaixamento, contribuiu para a fuga do risco.

Completando o quadro do dia, o relatório ADP de empregos no setor privado americano, bem acima do esperado, adicionou uma dose extra de inquietação ao reforçar a perspectiva de que, talvez, o ciclo de aperto no Fed não tenha terminado.

O Nasdaq liderou as perdas, com queda de 2,17%, aos 13.973,45 pontos. O Dow Jones caiu 0,98%, para 35.282,89 pontos; o S&P500 recuou 1,38%, a 4.513,45.

Nos juros americanos, o retorno da T-note de 10 anos avançou a 4,074%, de 4,030% na véspera. O T-note bond de 30 anos subiu a 4,162%, de 4,0943%. Durante a sessão, ambos atingiram os maiores níveis desde novembro. Na contramão, a T-note de 2 anos caiu a 4,891% de 4,9121%.

Por aqui, a cautela também prevaleceu e ainda foi reforçada pela espera da decisão do Copom, logo mais, depois das 18h30. O Ibovespa fechou com queda de 0,32%, aos 120.858,72 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,6 bilhões.

No câmbio, o dia foi novamente de ganho generalizado do dólar ante moedas rivais e emergentes. O dólar à vista fechou com alta de 0,33%, a R$ 4,8055, após oscilar entre R$ 4,7823 e R$ 4,8215. O futuro para setembro subiu 0,34%, para R$ 4,8375.

Na B3, a curva do DI passou a apontar apostas divididas para a decisão do Copom, mas o mercado colocou no radar o risco de que o colegiado adote uma linguagem mais dura no comunicado, para combinar com a “parcimônia” pregada até aqui.

No meio da tarde, a ponta curta do DI acelerou a alta, enquanto os trechos médio e longo terminaram em queda. No fechamento, o contrato de DI para jan/24 subiu 12,660% (de 12,594%); e o jan/25, a 10,675% (de 10,637%). Já o jan/26 caiu a 10,035% (de 10,090%); jan/27, a 10,075% (de 10,149%); jan/29, a 10,440% (de 10,526%); e jan/31 fechou na mínima de 10,650% (contra 10,740% na véspera). (Equipe BDM)

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