Diversos
BDM Express
Ninguém está esperando um texto muito assertivo na ata do Copom (8h), mas uma linguagem mais suave para tirar a má impressão deixada pelo comunicado já seria bem-vinda. Algumas pistas nas entrelinhas também ajudariam, se apontarem para a chance de redução iminente da Selic. É a oportunidade de o BC corrigir o excesso de zelo da semana passada, que, aliás, o mercado não comprou.
Na curva a termo do DI, as expectativas em um primeiro corte de 25pb em agosto estão consolidadas e, entre os economistas, quem passou a esperar estabilidade na próxima reunião, dobrou a aposta para setembro (50pb). Ainda hoje, a forte desaceleração esperada para o IPCA-15 de junho (9h) é mais um fator que se acrescenta para esvaziar o conservadorismo dos falcões do Copom.
Pesquisa do Broadcast apurou mediana perto de zero (+0,03%), sendo que o piso das estimativas aponta para deflação de 0,11% e o teto, para expansão de 0,11%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 deve arrefecer de 4,07% em maio para 3,39%. Se confirmadas as projeções, será o nível mais baixo do índice desde setembro de 2020 (2,65%).
A deflação dos alimentos, a primeira desde setembro/2022, deve puxar a desaceleração. O corte de combustíveis anunciado pela Petrobras no dia 16/5 também contribuirá bastante. Já os descontos dos automóveis terão peso maior no IPCA fechado. O mercado espera ainda desaceleração da média dos núcleos, de 0,42% em maio para 0,29% (mediana). Serviços devem acelerar nessa leitura, de uma queda de 0,06% para alta de 0,48%.
Nesse quadro, o mercado resiste em abandonar as apostas de que as condições estão dadas para o BC baixar os juros, incluindo a apreciação do câmbio, que se mantém abaixo de R$ 4,80. Só a bolsa espera motivos para retomar o recente rali.
PLANO SAFRA – Cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024 está prevista para as 10h, no Palácio do Planalto. Nesta 2ªF, o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania), esteve em reunião na Fazenda com Haddad, e Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Marina Silva (Meio Ambiente). Na saída, disse que o setor quer um Plano Safra “robusto”, com diferencial de juros para o agronegócio sustentável”.
REFORMA TRIBUTÁRIA – No Estadão, um novo impasse surgiu no caminho da reforma tributária, com dispositivo previsto pelo relator de determinar que o aumento previsto de arrecadação com a reforma da renda será usado para a desoneração da folha. Trata-se de tentativa de Aguinaldo Ribeiro (PP) de enfrentar as resistências, sobretudo do setor de serviços, que alega que vai ter aumento de carga tributária.
FELIPE SALTO – Em entrevista ao jornal, o economista-chefe da Warren Rena disse que a reforma tributária está caminhando para ser um “monstrengo” com o parecer do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Salto critica as exceções e a criação do Conselho Federativo dizendo que ele cria uma “estranha estrutura”, mais poderosa do que qualquer governador de Estado na gestão tributária.
MAIS AGENDA – O dia começa com a prévia do IPC-Fipe (5h). Secretários de Fazenda discutem a reforma tributária.
LÁ FORA – Lagarde participa do fórum de Sintra do BCE, às 5h. Nos EUA, entre os indicadores, saem o índice Conference Board de confiança do consumidor em junho e as vendas de moradias novas em maio, ambos às 11h. Antes (9h30), serão divulgadas as encomendas de bens duráveis e permissões para novas obras.
O BDM Express é uma versão resumida em dez parágrafos do BDM Morning Call, ideal para ser distribuído aos clientes de sua empresa à primeira hora do dia. Consulte nosso atendimento