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BDM Express
A sinalização de novas altas de juros pelo Fed, BCE e BoE manteve o mau humor dos investidores globais e continua pesando para os emergentes, junto com as incertezas sobre a economia da China. Nos EUA, é dia de PIB. Aqui, Haddad confirmou que o programa de descontos dos automóveis terá mais R$ 300 bilhões em crédito subsidiado, mas já indicou a fonte dos recursos. Também antecipou que a meta de inflação de 3% não está em discussão no CMN, mas sim o horizonte contínuo. A reunião do Conselho começa às 15h.
Às 8h, o BC divulga o RTI com entrevista de Campos Neto e Diogo Guillen, às 11h. RCN deve ser questionado sobre a indicação de corte da Selic e sobre o aumento do juro real, de 4% para 4,5%, na ata do Copom.
Serão inevitáveis perguntas sobre a reunião do Conselho Monetário Nacional. Em entrevista no início da noite, Haddad disse que não poderia antecipar seu voto, mas confirmou que a meta de 3% não sofrerá mudanças e que o que está em pauta é a definição da meta de 2026 e “outras questões”.
Como tem reiterado em várias ocasiões, Haddad repetiu que o ano-calendário é “sui generis no Brasil e em poucos países, como a Turquia”, que “é o horizonte relevante que muda”, que, “na Europa e nos EUA, onde a meta é de 2%, o que se exige é a trajetória”.
Haddad acrescentou que discutiu “longamente” a meta contínua com o FMI, e que “o próprio Fundo disse que era melhor”.
Um ajuste no sistema de metas, dissociando do ano-calendário, está bem absorvido pelo mercado e alguns economistas já fazem cálculos de quanto a manutenção da meta em 3% impactará positivamente nas expectativas futuras de inflação.
O ministro também esclareceu outra notícia que deixou o mercado de sobreaviso, nesta 4ªF, confirmando que o governo aumentará de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões o crédito para bancar o desconto no preço de carros populares. O montante total subirá de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão. Haddad já informou que, para compensar os R$ 300 milhões da fatia aumentada, o governo vai promover uma nova parcela de reoneração do diesel a partir de outubro, de R$ 0,03 (três centavos) por litro.
REFORMA TRIBUTÁRIA – Em entrevista ao Valor, Bernard Appy disse que será muito difícil a União atender os Estados e elevar para R$ 75 bilhões o valor ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). “Os R$ 40 bilhões oferecidos são um valor razoável, bastante significativo, definido a partir de estimativas da equipe econômica”, disse. O secretário disse ainda que, em “hipótese nenhuma”, a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) chegará a 30%.
MAIS AGENDA – No mesmo horário do RTI (8h), será divulgado o IGP-M, que deve ter deflação de 1,72% em junho (mediana do Broadcast), após recuo de 1,84% em maio. Ainda hoje saem as contas do Governo Central (14h30), com previsão de déficit de R$ 45,640 bi em maio, após superávit de R$ 15,604 bi em abril, e os empregos do Caged (10h), com criação de 188.682 vagas em maio. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, concede coletiva às 10h30 para comentar o mercado de trabalho.
LÁ FORA – A leitura final do PIB/1Tri nos EUA sai às 9h30 e pega o mercado em momento de dúvida se vai ter recessão. Powell acha que não vai ter. Ainda na agenda dos EUA, saem os pedidos de auxílio-desemprego (9h30), o PMI/ISM de Chicago de junho (10h45) e as vendas pendentes de imóveis (11h), com aposta de -0,4% (maio). Na Alemanha, o dado preliminar de junho do CPI sai às 9h. À noite (22h30), tem PMI composto na China.
O BDM Express é uma versão resumida em dez parágrafos do BDM Morning Call, ideal para ser distribuído aos clientes de sua empresa à primeira hora do dia.