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BDM Express: A difícil missão de arrecadar recursos
Na semana das big techs em NY, o balanço da Microsoft impulsionou a ação no after hours, enquanto o resultado de Alphabet (Google) frustrou. Hoje tem Meta e IBM, após o fechamento. Tem também Lagarde (14h) e Powell no final da tarde (17h45), mas nem um nem outro deve falar sobre política monetária, na véspera do BCE (amanhã) e do Fed (dia 1º/11).
Aqui, há espaço para otimismo, mas as coisas estão mais difíceis do que pode parecer. O impacto da desoneração da folha, que o Senado deve aprovar hoje, equivale à arrecadação estimada com a taxação dos fundos exclusivos e offshore (cerca de R$ 20 bilhões/ano). Para ganhar apoio à reforma tributária, o governo teve que ceder aos Estados e aumentar o Fundo de Desenvolvimento Regional.
Segundo apurou o Estadão, o FDR deverá ter um aporte adicional de R$ 20 bilhões ao longo de dez anos, chegando a R$ 60 bilhões/ano em 2033. O valor deve ser revelado hoje pelo senador Eduardo Braga (MDB). Reportagem do jornal apurou que a fonte de financiamento para essa despesa da União segue indefinida.
A proposta aprovada na Câmara previa aportes que iniciavam em R$ 8 bilhões em 2029, até chegar a R$ 40 bilhões em 2033. Com mais força no Senado, os Estados esperaram a hora certa para pedir de R$ 75 bilhões a R$ 80 bilhões.
Dizendo estar “muito alinhado” com a pauta econômica, Rodrigo Pacheco anunciou que a votação do relatório da reforma tributária na CCJ e no plenário do Senado deve acontecer em novembro. Ele também prometeu prioridade para a taxação dos fundos. Mas, na Câmara, ainda não está certa a votação do projeto porque o clima não está bom.
Segundo bastidores apurados pelo Broadcast Político, as queixas de parlamentares sobre demora do Executivo em avançar na execução de emendas e nomear seus aliados para cargos na máquina pública voltaram à tona. Ontem, Lira adiou a reunião de líderes que define a pauta de votações da semana, frustrando a expectativa de que o projeto dos fundos fosse apreciado em plenário.
COM VETO – Lula sancionou o PLP 136, que trata do acordo feito pelo governo Bolsonaro com os Estados para compensar perdas com a arrecadação do ICMS no ano passado, com veto ao trecho que a União a compensar municípios caso Estados não fizessem os repasses devidos relativos à nova receita ou enviassem recursos dessa fonte para o Fundeb e serviços de saúde.
GENTE CONHECIDA – Depois de antecipar a Rodrigo Pacheco os novos indicados do governo para o BC, ontem Haddad deu os nomes para Campos Neto. Mas não quis revelar nada aos jornalistas. “Não tem surpresa, é gente conhecida, com experiência na área.”
MAIS AGENDA – O dia começa com a prévia do IPC-Fipe (5h). Às 14h30, o Tesouro divulga o relatório da dívida de setembro. Devido à mobilização dos servidores do BC, os dados semanais do fluxo cambial só sairão amanhã. Entre os balanços, além de Santander, saem antes da abertura os números da Klabin e da Weg.
LÁ FORA – Saem o índice Ifo alemão, de sentimento das empresas em outubro (5h), as vendas de moradias novas nos EUA em setembro (11h) e os estoques de petróleo do DoE (11h30). O BC do Canadá decide juro às 11h. No after hours, Microsoft disparou quase 4% após o balanço; Alphabet mergulhou 6% com os investidores decepcionados com a receita na computação em nuvem (US$ 8,411 bilhões) no 3Tri.
O BDM Express é a versão resumida do BDM Morning Call, referência da pré-abertura do mercado financeiro há 20 anos. Conheça todos os produtos do Bom Dia Mercado.