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BDM Express: Agenda forte nos EUA e votações em Brasília
Após a fala hawkish de Powell em Jackson Hole, onde deixou em aberto a possibilidade para novas altas dos juros e transferiu o início dos cortes para meados do ano que vem, NY volta a atenção esta semana para o PIB/2Tri, o PCE e o payroll, com o mercado de trabalho apontado como um dos fatores decisivos para o rumo da política monetária, junto com a resiliência da economia.
Aqui, onde o susto do IPCA-15 acima das estimativas esvaziou as expectativas de que o Copom pudesse acelerar a queda da Selic, também sai o PIB/2Tri. Em Brasília, Lula deve definir a reforma ministerial para acomodar o Centrão e fortalecer sua base de apoio no Congresso para aprovar as matérias da agenda econômica.
A política domina a cena com a possível votação da desoneração da folha de pagamento e o PL do rotativo do cartão de crédito na Câmara, e, no Senado, o projeto do voto de qualidade do Carf e os debates da reforma tributária.
Na Câmara, Lira acertou para amanhã (3ªF) a votação da urgência e do mérito da desoneração da folha. O projeto prorroga até 2027 o benefício para os 17 setores da economia que mais empregam. Na 5ªF, Haddad vai mandar o Orçamento/2024 ao Congresso “com medidas que garantam equilíbrio”. Ainda hoje, deve ser publicada a MP que cobra uma alíquota de 10% sobre a antecipação do pagamento de IR dos fundos de investimentos exclusivos (onshore)
ROTATIVO – Deve entrar na pauta da Câmara PL que estabelece novas regras para a renegociação de dívidas e estipula um limite para os juros no cartão de crédito. O relator Alencar Santana (PT) propõe máximo limitado a 100%, contra 437% ao ano atualmente.
ESFERA BRASIL – No Fórum realizado no Guarujá (SP), a reforma tributária foi um dos temas mais discutidos. O relator Eduardo Braga (MDB) disse que o País não pode aprovar a matéria “às escuras”. Segundo ele, a definição da alíquota para o consumidor e o setor produtivo é necessária para se ter segurança técnica na votação e uma deliberação consciente do Senado.
RCN – O presidente do BC afirmou no Fórum do Guarujá que a convergência fiscal pode contribuir para uma queda mais consistente dos juros e a manutenção em nível baixo por mais tempo. Disse que o ambiente internacional difícil elevou a exigência em relação à política fiscal no Brasil, observando que o mundo parece ter acordado para o fato de que chegou a hora de pagar a conta dos enormes gastos feitos na pandemia.
INDICADORES DA SEMANA – Do lado da inflação, o mercado confere o IGP-M (4ªF) e IPC-S (6ªF) de agosto. Entre os dados fiscais, saem as contas do Governo Central em julho (4ªF) e resultado consolidado do setor público (5ªF). Na atividade econômica, é importante o PIB/2Tri, na 6ªF. O emprego tem Caged de julho na 4ªF e a Pnad Contínua (5ªF).
NOS EUA – Saem nesta semana o PIB/2Tri (4ªF), o PCE de julho (5ªF) e o payroll (6ªF). A força da atividade ainda será testada na 6ªF pela leitura final de agosto do PMI industrial (S&P e ISM).
ZONA DO EURO – O mercado espera na 5ªF pelo CPI de agosto e pela ata do BCE. Na 6ªF, o dado final de agosto do PMI industrial será divulgado na zona do euro, Alemanha e no Reino Unido. A inflação ao consumidor de agosto na Alemanha sai 4ªF. Um feriado fecha os mercados no Reino Unido hoje.
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