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BDM Express | Arcabouço pode ser votado hoje
Os yields dos Treasuries voltaram a escalar, colocando os mercados globais em posição defensiva antes do Simpósio de Jackson Hole, onde é esperada a fala de Jerome Powell, na 6ªF, na expectativa de que ele sinalize o que o Fed planeja para os juros nos EUA. Em paralelo, a timidez das medidas da China para estimular a economia mantém as commodities sob pressão, numa conjunção desfavorável aos emergentes.
Aqui os ativos seguem a reboque do exterior, com investidores acompanhando as palestras de RCN no Santander (9h) e de Galípolo na Fiesp (10h). Pode trazer algum alívio a possível votação do arcabouço fiscal, na Câmara. Arthur Lira disse que, se houver acordo na reunião de líderes marcada para as 11h, a matéria vai para o plenário ainda hoje.
No fim da noite, o relator Cláudio Cajado informou que não se chegou ainda a um consenso sobre a despesa condicionada, mas tanto ele como o líder José Guimarães confirmaram que se não votar hoje, vota amanhã.
A Fazenda insiste na emenda incluída pelo Senado que garante folga de R$ 30 bilhões para o governo ao autorizar a previsão de despesas condicionadas no projeto do Orçamento de 2024, que precisa ser enviado ao Congresso até 31 de agosto. Outras mudanças teriam mais chances, como a exclusão dos limites fiscais das despesas com Ciência e Tecnologia, com o Fundeb e, ainda, e com o Fundo do Distrito Federal.
Nesta 2ªF, a indefinição sobre a agenda econômica no Congresso somou-se ao estresse com a China e novas pressões nos juros americanos para impedir um segundo pregão de alta do Ibovespa, enquanto subiram o dólar e os juros futuros.
BOTA PRESSÃO – Antes de reunir os líderes em Brasília, Lira esteve na Fiesp, onde voltou a defender a reforma administrativa na agenda do Legislativo. Ele disse que vai precisar de apoio para levar adiante a reforma administrativa, que já passou em comissão especial, sustentando que o objetivo é controlar a evolução das despesas públicas, sem mexer nos direitos adquiridos.
REFORMA TRIBUTÁRIA – Sobre essa PEC, Lira manifestou a expectativa de aprovação final da proposta até o fim do ano, dizendo que as mudanças no sistema tributário aprovadas na Câmara foram construídas em conjunto com o governo. Também Rodrigo Pacheco falou ontem aos empresários na Fiesp, sobre a reforma tributária, mas não quis cravar a data de 4 de outubro definida pelo relator Eduardo Braga (MDB) para a votação.
BRICS – Presidente Lula inicia a agenda oficial na África do Sul, com participação em diálogo do Fórum Empresarial, onde um dos principais assuntos será a expansão do bloco, com a entrada de novos países. Lula é a favor, como a China e a Rússia. Estarão juntos os presidentes Lula, Xi Jinping (China) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), o premier Narendra Modi (Índia), e o chanceler Sergey Lavrov (Rússia), representando Vladimir Putin.
MAIS AGENDA – Impulsionada pelos ganhos com IR e CSLL, a arrecadação federal de julho (10h30) deve atingir R$ 204,784 bilhões em julho. Nos EUA, três integrantes do Fed falam: Thomas Barkin (8h30), Michelle Bowman e Austan Goolsbee, ambos em evento às 15h30. As vendas de moradias usadas em julho saem às 11h.
CHINA – A incorporadora China SCE Group Holdings Limited anunciou que deve ter prejuízo na faixa entre 1,00 bilhão de yuans e 1,20 bilhão de yuans (entre US$ 140 milhões e US$ 170 milhões) nos seis meses encerrados em 30 de junho. A perda é atribuída ao declínio na demanda no mercado imobiliário, que inclui queda na entrega e nos preços de venda.
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