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BDM Express: Balanço do Itaú gera apreensão

Atualizado 07/08/2023 às 06:12:36

O recrudescimento das tensões entre Rússia e Ucrânia no final de semana pode continuar pressionando o petróleo, assim como a decisão da Saudi Aramco de elevar seus preços para clientes da Ásia e da Europa. Da China, vem uma bateria de dados esta semana, incluindo a balança comercial e índices de inflação, enquanto nos EUA o noticiário corporativo negativo prevaleceu sobre a aposta de que o Fed encerrou o aperto dos juros, reforçada pelo payroll mais fraco.

Aqui, os balanços de bancos causam apreensão. Após o tombo do Bradesco, a expectativa é grande para o resultado do Itaú hoje, após o fechamento. Na agenda, a ata do Copom amanhã é importante para convencer os investidores de que o BC seguirá defendendo a meta de 3%.

Após a surpresa com o corte de 50pb da Selic, a ata tem o desafio de coordenar e ajustar as expectativas de parte do mercado, que passou a acreditar que o BC pode estar confortável com uma convergência mais lenta da inflação para a meta.

O Copom votou dividido, mas fechou unanimidade em torno de mais uma dose de corte de meio ponto na próxima reunião, de setembro. A curva a termo, no entanto, continua forçando apostas de aceleração desse ritmo, para 75pb.

“A aposta do mercado para o fim do ciclo tende a ficar abaixo do juro neutro”, diz o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso. Atualmente a taxa neutra no prazo de três anos na pesquisa Focus (que sai hoje, às 8h25) vai de 8% a 8,75%.

AUMENTA A PRESSÃO – Na Coluna do Estadão, a decisão inesperada do Centrão de iniciar a tramitação do relatório preliminar da LDO/2024 é outra pressão para tentar acelerar a reforma ministerial, que Lula está atrasando. Se o relatório preliminar da LDO for aprovado, o governo não poderá mais mexer no seu parecer, o que dificultaria os planos da equipe econômica de adequar o Orçamento após a aprovação do arcabouço fiscal.

REFORMA TRIBUTÁRIA – No Senado, o relator Eduardo Braga quer entregar um plano de trabalho até a próxima 5ªF. Durante o recesso, ele se reuniu com técnicos da Fazenda e do TCU e representantes de setores da sociedade.

PAC – Lula anuncia na 6ªF, em evento com governadores e integrantes da Esplanada, o Programa de Aceleração do Crescimento, após os recentes ruídos sobre os papéis da Eletrobras de que as obras de Angra 3 podem ficar de fora. Amanhã (3ªF), o presidente vai a Belém para liderar a Cúpula da Amazônia, evento que reunirá oito países. Às vésperas do encontro, Marina Silva (MME) admitiu a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, mas com ressalva. Segundo a ministra, o Ibama avalia os novos pedidos de exploração de petróleo de “forma técnica e isenção”.

MAIS AGENDA – Hoje (8h) sai o IGP-DI e o relatório de poupança de julho (9h). Nos balanços, sai Itaú após o fechamento. O setor bancário reagiu com estresse na última 6ªF ao resultado do Bradesco, com tombo de quase 5% das ações do banco; ainda hoje, tem BB Seguridade, antes da abertura, Direcional e CBA, depois do fechamento.

LÁ FORA – Os próximos dados no radar nos EUA são o CPI (5ªF) e PPI (6ªF) de julho. Ainda na agenda da semana, hoje, o Fed divulga o crédito ao consumidor em junho (16h). Na Alemanha, sai a produção industrial de junho (3h). Na 5ªF, os BCs do México e do Peru têm decisões de política monetária.

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