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BDM Express: Bancos abrem temporada de balanços nos EUA
As vendas no varejo (9h) devem vir mais fracas em maio, sob impacto das condições financeiras mais restritivas. Os dados de atividade econômica pegam o mercado em um momento de cautela com a inflação de serviços, que contrata corte menor da Selic em agosto. Nos EUA, investidores continuam travando uma briga particular com os falcões do Fed, que ainda não se convenceram de que os sinais de alívio das pressões inflacionárias comportam só mais uma alta do juro.
A Universidade de Michigan divulga às 11h as expectativas de inflação em 1 e 5 anos. NY também desloca o foco para o início da temporada dos balanços, com Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo, todos antes da abertura.
Os resultados corporativos servirão como termômetro importante do fôlego da economia e da capacidade de os EUA escaparem de uma recessão no 4Tri. O BC vai voltar a subir o juro este mês (dia 26) e ainda pode contratar uma alta extra em setembro.
Ao discursar ontem, o diretor do Fed Christopher Waller disse ainda não está chegando a hora de parar. Ele reconheceu que a desaceleração do CPI em junho foi uma boa notícia, mas observou que um único dado não indica tendência.
Mas o mercado se valeu do PPI para derrubar o índice DXY abaixo do nível psicológico de 100 pontos pela primeira vez desde abril do ano passado. Os juros dos Treasuries afundaram mais um pouco e, por aqui, o dólar furou R$ 4,80. Já a curva do DI não conseguiu queimar prêmio e acompanhar a festa.
Em duas ocasiões, ontem, Lula não perdeu a chance de cobrar de Campos Neto uma queda rápida do juro. “Não é pedir muito; o presidente do BC precisa entender que ele não é dono do Brasil”, disse, em evento do MCMV. À noite, voltou a atacar: “Esse cidadão está a serviço de quem e para o quê?” Horas antes, Haddad e Simone Tebet haviam defendido queda de meio ponto da Selic já no início do ciclo.
Lula antecipou que o Desenrola Brasil, programa para renegociar dívidas de pessoas físicas no valor de até R$ 5 mil e limpar o nome de 1,5 milhão de brasileiros, terá início oficialmente na próxima 2ªF. Tebet havia dito mais cedo que não adiantava formular desconto para eletrodomésticos antes do Desenrola.
REFORMA TRIBUTÁRIA – Haddad afirmou à RedeTV que a alíquota padrão do IVA deve atingir um “ponto de equilíbrio” inferior a 25% com o passar do tempo pela eficiência do sistema. O secretário Bernard Appy confirmou que o patamar do IVA não chegará aos 30%. Haddad reafirmou que o relator Eduardo Braga poderá “limar” o texto para deixá-lo mais enxuto e com menos exceções.
PODER E COBIÇA – Após a troca no Turismo, com o deputado Celso Sabino oficializado na pasta, Lula mandou recado para limitar a sanha do Centrão: não abre mão da Saúde e Desenvolvimento Social. “Não saem do PT, são meus [os ministérios]. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério, é o governo que oferece ministério”.
MAIS AGENDA – Vendas no varejo devem recuar 0,2% em maio no conceito. Simone Tebet participa às 10h da última plenária de elaboração participativa do Plano Plurianual (PPA), que também contará com a presença de Alckmin (12h). Haddad se reúne com Lula às 9h e viaja a SP à tarde para dar entrevista a Mônica Bergamo (Folha), às 15h. Lá fora. saem a balança comercial de maio na zona do euro (6h) e dados de petróleo da Baker Hughes (14h).
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