Última leitura da inflação ao consumidor nos EUA antes da próxima reunião do Fed, que acontece daqui a pouco menos de três semanas, o CPI (10h30) deve acelerar para 0,2% em dezembro, contra 0,1% em novembro. O dado representa mais um teste de fogo para as apostas dovish. A precificação de corte do juro em março segue majoritária, rodando em torno de 65%, mas vem balançando desde a ata do Fed e ameaça virar o jogo, se o CPI botar pressão.

Inflação também é destaque hoje na China (22h30) e por aqui, com o IPCA de dezembro (9h) e do acumulado de 2023, que, pela primeira vez em três anos, não deve estourar o teto da meta de 4,75%. Economistas ouvidos pelo Broadcast esperam que o indicador oficial de inflação do IBGE registre a terceira aceleração mensal consecutiva, puxado pelos alimentos e por itens com forte influência sazonal no fim do ano.

A mediana do mercado indica aceleração para 0,49% em dezembro, contra 0,28% em novembro. Todas as projeções indicam que o BC deve cumprir o alvo em 2023, com IPCA de 4,55%, contra 5,79% em 2022.

Em NY, em plena véspera do CPI, John Williams veio com um recado hawkish. Com voto permanente no Fomc, ele defendeu a manutenção da política restritiva durante “algum tempo”. O consenso do mercado é de que o núcleo do CPI acelere 0,3% em dezembro, mesmo ritmo do mês anterior.

MAIS AGENDA – No mesmo horário do CPI (10h30), sai nos EUA o auxílio-desemprego, com previsão de alta de 3 mil pedidos, para 205 mil. Já com os números de inflação em mãos, o Fed boy Thomas Barkin discursa, às 14h40.  O BC do Peru divulga decisão de política monetária, sem horário confirmado.

ARGENTINA – Em voto de confiança a Milei, o corpo técnico do FMI chegou a acordo para liberar US$ 4,7 bi ao país para restaurar estabilidade econômica. Mas a aprovação ainda depende do conselho executivo do fundo.

AQUI – Deve acontecer oficialmente hoje o anúncio da troca no Ministério da Justiça, confirmando a ida de Ricardo Lewandowski para o lugar de Dino, que ocupará a vaga no STF. Lula ainda tem que decidir o futuro de Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Alguns interlocutores do presidente desejavam que Cappelli, que teve papel decisivo na crise detonada pelos atos golpistas de 8/1, fosse nomeado secretário nacional de Segurança Pública, mas Cappelli já avisou que não aceitaria. Quer permanecer no atual posto, segundo na hierarquia da Justiça.

GREVE DE 24H NO BC – Insatisfeitos com o “descaso” do governo com a pauta de reivindicações da categoria, os servidores do BC fazem greve-relâmpago hoje, que pode causar interrupção na manutenção dos sistemas do Pix. O Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal) prevê adesão de 70% dos servidores do órgão à greve.

MP DA REONERAÇÃO – O impasse em torno da revogação da desoneração da folha de pagamento, rechaçada pelo Congresso, persiste e uma solução não sairá antes de 2ªF, quando Haddad volta de férias e se reúne com Pacheco. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, disse que todas as alternativas estão na mesa nos debates preliminares, desde manter a MP, retirá-la, editar uma nova medida ou mandar um projeto de lei.

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