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BDM Express: CPI e IPCA dividem protagonismo com Petrobras
Último grande indicador econômico antes da reunião do Fed, o CPI de fevereiro sai às 9h30. Se exibir aceleração modesta, como se espera, deve endossar a percepção deixada pelo payroll de corte de juro em junho. Aqui, o IPCA de fevereiro (9h) pode mexer com as expectativas para o comunicado do Copom, na Superquarta (dia 20).
Os negócios domésticos ainda continuarão sendo influenciados pela polêmica da Petrobras. A reunião de Lula com Jean Paul Prates e os ministros Alexandre Silveira, Rui Costa e Haddad não terminou como os mais otimistas esperavam, com a liberação dos dividendos extraordinários que foram retidos.
Assim, no after hours em NY, o ADR de Petrobras operou sem euforia (0,75%) após a entrevista de Silveira e Haddad, onde eles admitiram que esses recursos ainda poderão ser distribuídos, “em parte ou na totalidade, em algum momento”.
Na coletiva, a informação de que a Fazenda deverá ter um assento no Conselho da Petrobras também ajudou um pouco, já que Haddad é visto como o interlocutor de confiança do mercado financeiro dentro do governo do PT.
Alexandre Silveira descartou uma demissão de Prates, afirmando que não passa de “grande especulação”. Já o presidente da Petrobras, confirmou que fica, mas que não fala mais sobre os dividendos. “Quem fala sobre dividendos é o ministro das Minas e Energia”, disse Prates.
IPCA – O reajuste de mensalidades escolares e aumento do ICMS sobre a gasolina devem pressionar a inflação oficial de fevereiro a 0,78%. Para o acumulado em 12 meses, a aposta indica desaceleração de 4,51% a 4,44%, abaixo do teto da meta (4,50%). Serviços devem acelerar de 0,02% para 1,08%.
META FISCAL – Técnicos do governo ouvidos pela Exame afirmaram que a equipe econômica já estimará um déficit fiscal equivalente 0,25% do PIB, ao invés de zero, no relatório bimestral de receitas e despesas, que sai dia 22. A previsão contraria o consenso no mercado de que a mudança na meta pode ficar para maio.
MAIS AGENDA – O Focus ficou para hoje (8h25). Energisa solta balanço após o fechamento. Lá fora, saem o CPI de fevereiro da Alemanha (4h) e relatório da Opep. Bailey (BoE) discursa (12h15).
CPI NOS EUA – O índice de preços ao consumidor deve avançar 0,4% em fevereiro acelerando de leve contra janeiro (+0,3%). Na comparação anual, há expectativa de um avanço de 3,1%, o que repetiria o resultado do mês anterior. O núcleo do CPI deve ter ganho mensal de 0,3%. Na comparação anual, a alta do núcleo seria de 3,7%, inferior a janeiro (3,9%).
JAPÃO HOJE – Enviando mais um sinal hawkish, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, disse que, embora algumas estatísticas ainda mostrem sinais de fraqueza, a economia japonesa continua a se recuperar gradualmente. O comentário vem em meio a especulações de traders sobre possível elevação do juro pelo BoJ já na reunião da semana que vem, o que colocaria um fim ao longo período de política ultraflexível.
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