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BDM Express: CPI e IPCA projetam Fed e Copom

Atualizado 10/04/2024 às 06:02:19

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Na noite de ontem, a Câmara aprovou um dispositivo que altera o arcabouço fiscal e permite antecipar despesas. Sem novidades na Petrobras, Silveira desmentiu as especulações de que qualquer acordo sobre a distribuição de dividendos extraordinários já tenha sido fechado, na novela que pode se arrastar até o dia 19, quando o conselho de administração se reúne.

Na agenda forte do dia, o IPCA de março sai primeiro (9h) e, logo depois, vem o CPI dos EUA (9h30) – os dois indicadores com potencial para influenciar as apostas para o Copom e o Fed de junho. Já com os dados em mãos, Campos Neto participa de evento militar (10h) e do programa Estúdio i, da Globonews, às 14h30.

Recentemente, o presidente do BC disse que os próximos passos do Fed podem engatilhar uma reprecificação dos ativos domésticos, enquanto Powell queria ter maior confiança no processo de desinflação para relaxar o juro.

Com a esperança cada vez mais esvaziada de um desaperto rápido, julho compete agora praticamente lado a lado com junho no quadro de apostas do Fed e avança a chance de só duas quedas do juro este ano, ao invés de três. Mas não tem nada escrito em pedra e o CPI vem aí com todo o jeito de que pode ser decisivo para o investidor.

A previsão é que o CPI cheio desacelere na margem, de 0,4% (fev) para 0,3%, e suba de 3,2% para 3,4% (anual). O núcleo tem expectativa de +0,3% (mensal) e 3,7% (anual), perdendo fôlego contra os avanços de 0,4% e 3,8% vistos nas leituras de fevereiro. Ainda assim, a inflação deve continuar rodando muito acima de meta de 2% do Fed.

Por aqui, aliviado pela dissipação dos efeitos de reajuste de mensalidades escolares e pelos alimentos mais baratos, o IPCA deve perder ritmo para 0,24% em março, contra 0,83% em fevereiro, na mediana do Broadcast. Para o acumulado do ano, a expectativa é de alta de 3,70%.

JABUTI ALIVIA ARCABOUÇO – A Câmara aprovou ontem um dispositivo que muda o arcabouço fiscal e, na prática, libera mais R$ 15 bi ao governo de forma imediata. Aprovado por 304 votos a 136, o projeto segue agora para o Senado e, se também for validado por lá, permitirá que o governo Lula destrave o crédito suplementar sem passar novamente pelo Congresso.

Ainda na noite de ontem, a Câmara aprovou o regime de urgência para acelerar a tramitação dos projetos de lei do fim gradual do Perse e da reoneração da folha das prefeituras de municípios com até 50 mil habitantes. Lira disse que o projeto da reoneração precisa ser votado no plenário até o dia 14, quando passa a trancar a pauta da Casa.

TARIFA DE ENERGIA – Governo deve se reunir hoje com o setor elétrico para buscar saídas para redução de tarifas. Ontem, Silveira disse que a medida provisória poderá resultar em redução de até 5% das contas de energia elétrica.O porcentual será melhor determinado, segundo o ministro, após análise do Congresso.

MAIS AGENDA – Nos EUA, três dirigentes do Fed têm eventos: Michelle Bowman (9h45), Austan Goolsbee e Tom Barkin (13h45). Além do CPI, saem os estoques no atacado em fev (11h) e reservas de petróleo do DoE (11h30). O Canadá decide juro às 10h45; a China divulga a inflação de março do CPI e PPI à noite (22h30).

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