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BDM Express: CPI nos EUA e RCN no Senado movem o dia

Atualizado 10/08/2023 às 19:28:21

O índice cheio do CPI nos Estados Unidos (9h30) deve acelerar em julho na comparação anual para 3,2% (de 3% em junho). Já o núcleo deve repetir o dado anterior, mantendo expansão de 4,8%. Na margem, tanto o índice cheio quanto o núcleo devem subir 0,2%. Uma surpresa negativa pode abalar as expectativas de pausa no aperto dos juros no Fomc de setembro, projetadas nos futuros dos Fed Funds em 86% até ontem à noite. Já um resultado muito bom levaria o mercado a fechar apostas no fim do ciclo. Ainda lá fora, o relatório mensal da Opep pode mexer com os preços do petróleo.

Já, aqui, o IBGE divulga volume de serviços (9h), enquanto investidores acompanham Campos Neto em audiência no Senado para falar de inflação e juros (10h às 13h). Será a primeira aparição pública depois do seu voto de Minerva no Copom, que decidiu a queda de 50pbs da Selic, para 13,25%. A surpresa deve conter as críticas dos parlamentares, mas o mercado continua sem entender.

Economistas, que, em sua maioria, esperavam um corte inicial de 25pbs, não ficaram convencidos com as explicações da ata e dizem que o BC não cumpriu o que sinalizou após a reunião de junho, quando defendeu um início de ciclo “parcimonioso”.

Os efeitos desse Copom são sentidos no DI, que mantém parcela significativa de apostas (30%/35%) em 75pb no Copom de setembro, apesar de o comunicado e a ata contratarem cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões. O Copom mais agressivo também libera as instituições financeiras para projetarem a política monetária sem considerar tanto a comunicação do BC, agora sub judice.

Os dados abertos do IPCA de julho, amanhã, são esperados com grande expectativa. Na mediana das estimativas, o índice deve ficar em +0,06%, com a inflação em 12 meses acelerando para 3,93%, de 3,16% em junho. Mas é esperado arrefecimento dos serviços, de 0,62% para 0,33%, e serviços subjacentes, de 0,67% para 0,31%.

HOJE – O volume de serviços prestados a ser divulgado pelo IBGE deve avançar 0,4% na margem em junho (mediana), após alta de 0,9% em maio. Na comparação do ano, o setor deve crescer 4,2% em junho (mediana), da alta de 4,7% em maio.

PRECATÓRIOS – A Fazenda estuda voltar a pagar os precatórios em dia, sem ultrapassar as metas e limites do arcabouço fiscal. A ideia é mudar a classificação dos precatórios em uma PEC, segundo a Folha. Dessa forma, os precatórios não seriam enquadrados dentro do arcabouço. Hoje, as requisições de pagamentos são enquadradas como despesa primária, que incluem outros gastos, como custeio, pessoal e benefícios sociais. O estoque de precatórios não pagos anteriormente deve bater R$ 68,4 bi em 2024. A inclusão de novas dívidas adicionaria mais R$ 49,7 bi à conta. Até 2027, pode chegar a R$ 200 bi.

BANCO DO BRASIL – Lucro líquido ajustado no 2Tri ficou em R$ 8,785 bilhões (+11,7% ante o 2Tri/22), em linha com estimativas. O Conselho de Administração do banco aprovou a distribuição de dividendos de R$ 0,14372164692/ação e R$ 1.868.239.152,74 sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), a R$ 0,65465514197/ação. “Ex” a partir de 22 de agosto.

MAIS BALANÇOS – No calendário de hoje, Azul informa resultado antes da abertura. Após o fechamento, tem Arezzo, B3, Cyrela, CPFL Energia, Energisa, Eneva, EzTec, Light, Locaweb, Oi, Petz, Rumo, Sabesp, Via e Yduqs.

MAIS AGENDA – Nos EUA, no mesmo horário do CPI (9h30), saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego. À tarde (16h), os Fed boys Raphael Bostic (Atlanta) e Patrick Harker (Philadelphia) participam de evento institucional. Os BCs do México (15h) e do Peru (20h) divulgam as suas decisões de política monetária nesta 5ªF.

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