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BDM Express: FED deve subir juro para 5,5% nos EUA
Dia agitado para os mercados, com intenso noticiário corporativo e a decisão do Fomc para o juro americano (15h). Investidores não têm dúvida de que virá um aumento de 25pb, que levará a taxa dos Fed Funds para 5,5%. A dúvida é o que sinalizará o comunicado e o que dirá Powell na entrevista, às 15h30. O mais provável é que não feche a porta para um ajuste adicional, mas se acenar com uma nova pausa em setembro, já estará de bom tamanho. Em Wall Street, repercutem os ganhos de Alphabet no after hours, após o balanço, assim como a queda da Microsoft. Hoje, tem AT&T antes da abertura e Meta, após o fechamento.
Aqui, Telefônica veio forte. Daqui a pouco, saem resultados de Santander e, à noite, o relatório de produção e vendas da Petrobras. A ação da estatal tem se beneficiado da alta do petróleo, com as expectativas de estímulos da China (que também favorecem a Vale).
O Ibovespa ganhou tração, ainda, com a disparada das apostas em um corte de 50pb da Selic no Copom do dia 2 de agosto, que já estão projetadas em 70% na curva a termo dos juros contra 30% de 25pb. Para setembro, o mercado já arrisca 75pb. Mas economistas estão mais pé no chão para o início do ciclo de quedas.
A maioria até concorda que a deflação do IPCA-15 (-0,07%) reforçou as chances de decisão mais agressiva do BC, especialmente porque os serviços (0,35%) desaceleraram mais que o esperado (0,43%). Também a média dos núcleos (de 0,35% para 0,09%) e o índice de difusão (47,96%) surpreenderam positivamente.
Após o IPCA-15 de julho, o JPMorgan reduziu sua previsão de inflação deste ano de 5,1% para 4,8%, praticamente em linha com o teto da meta perseguida pelo BC no ano, de 4,75%. Ainda a nova queda das estimativas para o IPCA/2023 (4,95% para 4,90%), 2024 (3,92% para 3,90%) e 2025 (3,55% para 3,50%) na Focus foi boa notícia.
Mesmo que vença a ala hawkish na estreia de Galípolo no Copom, no entanto, um corte inicial de 25pb deverá ser seguido por outros de 50pb a partir de setembro, segundo expectativa praticamente consensual entre economistas. Tudo junto leva a bolsa a recuperar terreno, com o Ibovespa de volta aos 122 mil pontos, no maior nível em quase dois anos.
ENTREVISTA DE HADDAD – O ministro e o secretário Rogério Ceron participam de coletiva (10h) para apresentar o “Novo Ciclo de Cooperação Federativa”. O programa vai ampliar o acesso de Estados e municípios de menor porte a operações de crédito com apoio do Tesouro. O pacote elaborado pela Fazenda conta com, ao menos, sete mudanças na capacidade de pagamento (Capag) e no regramento que guia os financiamentos. Às 14h, Haddad dará entrevista para o Portal Metrópoles, ao vivo.
MAIS AGENDA – O câmbio confere às 8h30 os dados em transações correntes em junho. A mediana do mercado indica superávit de US$ 1,10 bilhão. Depois do fechamento, as varejistas GPA e Assai divulgam os seus balanços trimestrais.
NOS EUA – Saem os dados de junho das permissões de novas obras (11h), vendas de moradias novas (11h) e estoques de petróleo do DoE (11h30), com previsão de -2,2 milhões de barris. Já o API apontou +1,3 milhão.
AFTER MARKET – Microsoft foi mal no pregão noturno (-3,7%), após projetar vendas para o trimestre atual um pouco abaixo das previsões. Já a Alphabet disparou com o lucro de US$ 18,37 bi no 2Tri acima do esperado. No setor financeiro, Wells Fargo reagiu com otimismo (+3,21%) ao anúncio de que realizará um programa de recompra de ações de US$ 30 bilhões e elevará os dividendos pagos aos acionistas a partir de setembro.
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