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BDM EXpress: Fomc e Copom na Super Quarta

Atualizado 20/09/2023 às 06:00:37

Sai às 15h em ponto a decisão do Fed para o juro nos Estados Unidos, que deve ser mantido no intervalo entre 5,25% e 5,5%. O comunicado é o grande suspense e pode provocar a primeira onda de volatilidade dos mercados se vier mais hawkish que o esperado. Ninguém acredita que o texto sinalizará o fim do ciclo de aperto – embora a aposta da maioria seja de que os aumentos acabaram. Às 15h30, vem o segundo round, com a entrevista de Powell.

Aqui, o Copom anuncia um novo corte de 50pbs da taxa Selic após as 18h30, para 12,75% e, do mesmo modo, não se espera que o BC indique uma aceleração no ritmo de quedas. De 68 casas consultadas pelo Broadcast, a ampla maioria (81%) espera cortes sequenciais de 50pbs.

Na véspera dessa Super Quarta, a disparada dos juros dos Treasuries, em movimento defensivo, pesou para os ativos de risco, diante dos receios de que os juros americanos serão mantidos em níveis elevados por mais tempo do que se imaginava. Caíram as bolsas em NY e o Ibovespa, enquanto a curva de juros futuros ganhou inclinação e o dólar voltou a subir.

A escalada do petróleo, que ameaça bater em US$ 100, é o fator de última hora que pode atrapalhar os planos de um Fed e de um Copom mais amigável. A recente alta dos preços deve ser abordada por Powell na coletiva desta tarde.

ESPACINHO – O relator do Orçamento/2024, o primeiro sob as regras do novo arcabouço fiscal, o deputado Luiz Carlos Motta (PL), quer encontrar “um espacinho” para o reajuste de servidores nas contas do governo no ano que vem. Em entrevista ao Estadão, ele disse que o governo faz um projeto de valorização do salário mínimo que reajusta aposentados, mas que todo mundo esquece do servidor.

A META É ZERO – Caiu mal no mercado a declaração do relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, deputado Danilo Forte (União), afirmando que não está descartada uma mudança na meta de zerar o déficit primário em 2024. Fontes da equipe econômica reforçaram ao Broadcast que a meta está mantida.

DEBÊNTURES DE INFRAESTRUTURA – Senado aprovou ontem, em votação simbólica, o projeto das debêntures de infraestrutura, que darão incentivos aos emissores, a concessionária que emitir o título para se capitalizar. Com isso, os juros que deverão ser pagos aos investidores serão deduzidos da base de cálculo do IR e da CSLL.

LULA – Encontra-se hoje em NY com o presidente Joe Biden (14h de Brasília), às margens da Assembleia-Geral da ONU, e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (17h). O ministro Fernando Haddad participa da reunião na Casa Branca. O presidente Lula, que ficaria nos EUA até amanhã, antecipou o retorno ao Brasil para hoje. Embarca às 22h.

CHINA HOJE – Conforme previsto, o PBoC manteve as taxas de juros de referência (LPR) de 1 ano em 3,45% e de 5 anos em 4,2%.

MAIS AGENDA – Saem a segunda prévia do IGP-M (8h) e os dados semanais do fluxo cambial (14h30). Lá fora, nos EUA, saem os estoques de petróleo do DoE (11h30) que podem influenciar a commodity, que roda perto de US$ 95. Os dados de inflação de agosto ao consumidor (CPI) no Reino Unido e ao produtor (PPI) na Alemanha saem às 3h.

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