Mesmo em terreno de expansão, o PMI/S&P Global de serviços voltou a cair na China, de 54,1 em julho para 51,8 em agosto. O mesmo índice será divulgado hoje na Europa. NY retorna do feriado e devolve a liquidez aos mercados domésticos, que operaram esvaziados, nesta 2ªF, e voltados à questão fiscal após notícias de que a Petrobras pode antecipar receitas do pré-sal para ajudar o governo a cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

Na Câmara, Lira avança na votação das medidas para elevar a arrecadação, assim como o presidente Lula estaria pronto para anunciar os ministérios do Centrão e aumentar sua base de apoio. Mas o que o mercado quer ver são cortes de gastos, que podem vir em uma inesperada reforma administrativa.

Está na manchete do Estadão de hoje uma notícia que a equipe econômica e ministros palacianos começarão a discutir uma proposta de reforma administrativa, informam as jornalistas Adriana Fernandes e Mariana Carneiro. A proposta começou a andar por pressão de Arthur Lira, que vê nessa pauta uma resposta às críticas de que o Executivo e o Congresso só têm planos para aumentar os gastos.

O jornal apurou que Lira tem ouvido conselhos do mercado financeiro de que precisa encampar uma agenda propositiva para cortar despesas. Há uma avaliação de que isso pode ajudar a virar a onda de ceticismo diante das dificuldades em aumentar as receitas para zerar o déficit fiscal em 2024.

DESENROLA – A Câmara votou a urgência do Desenrola incluindo os juros do rotativo do cartão com prazo de 90 dias para os bancos apresentaram a autorregulação. Após esse tempo, o relatório de Alencar Santana (PT) prevê que a taxa máxima será de 100%. A expectativa é que a matéria seja apreciada no plenário da Câmara hoje.

O QUE O CENTRÃO LEVOU – Lula teria concordado em entregar para André Fufuca (PP) o Ministério do Esporte “turbinado” pela Secretaria Nacional de Prêmios e Apostas. Já Silvio Costa Filho (Republicanos) deve ficar com Portos e Aeroportos, desalojando o ministro Márcio França. Lula ainda discute o tema com Alckmin, França e Ana Moser. O anúncio deverá ser feito até 5ªF.

PLANO B – A equipe econômica cogita ressuscitar uma ideia do governo anterior e antecipar receitas do pré-sal como “plano B” para atingir a meta de déficit zero. A ideia é alienar recebíveis da estatal PPSA nos contratos de petróleo celebrados pelo regime de partilha, que teria um potencial de arrecadação de, pelo menos, R$ 150 bilhões.

PREFEITOS PRESSIONAM – O Planalto convocou Haddad e os líderes do governo no Parlamento para discutir a PEC que institui o adicional de 1,5% no repasse mensal ao Fundo de Participação dos Municípios. Se a matéria for aprovada este semestre, os prefeitos já contarão com esses recursos adicionais em março de 2024.

MAIS AGENDA – Hoje, o IBGE pode mostrar retração de 0,3% da indústria em julho (mediana do Broadcast). Sai Anfavea em agosto (14h) e RCN faz palestra na Conferência Anual do Julius Baer (8h30). Lá fora. O PMI/S&P Global de serviços sai na Alemanha (4h55), zona do euro (5h) e Reino Unido (5h30). Sai ainda o PPI de julho na zona do euro (6h) e as encomendas à indústria nos EUA em julho (11h).

JAPÃO HOJE – Na maior expansão da atividade em três meses, o PMI de serviços avançou de 53,8 em julho para 54,3 em agosto, segundo pesquisa da S&P Global, confirmando a leitura preliminar do indicador econômico.

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