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BDM Express: Haddad ainda tenta manter a meta zero

Atualizado 06/11/2023 às 05:58:03

Dados de inflação e da balança chinesa são destaques lá fora esta semana, enquanto os EUA, sem indicadores relevantes, transferem a expectativa para duas falas de Powell (4ªF e 5ªF). Está todo mundo querendo saber o que ele achou do payroll fraco, que praticamente descartou a possibilidade de novo aumento do juro e antecipou o primeiro corte para maio. Assim, um dos riscos externos apontados pelo Copom estaria desatualizado na ata, que sai amanhã e divide as atenções com o IPCA de outubro (6ªF), a polêmica da meta fiscal e os balanços.

Pesos pesados divulgam resultados e podem influenciar o Ibovespa, com Itaú (esta noite) e Bradesco e Petrobras (5ªF). Sobre a meta, o mercado acompanha as últimas tentativas de Haddad para convencer Lula a manter a meta zero, pelo menos, até março.

Segundo o Estadão, Haddad esteve com o presidente na noite de 6ªF no Alvorada, horas depois de Lula ter voltado a marcar posição contra qualquer contingenciamento. Mandou os ministros gastarem dizendo o seguinte: “Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro investido em obras”.

O governo, no entanto, ainda estaria rachado na estratégia sobre como encaminhar a mudança da meta fiscal ao Congresso. Para a GloboNews, a opção será pela emenda. A leitura do relatório preliminar da LDO, do deputado Danilo Forte, está marcada para amanhã (3ªF).

TRIBUTÁRIA – Davi Alcolumbre (CCJ Senado) convocou sessão para esta semana para discutir a reforma. Ele quer votar na Comissão e no plenário até esta 5ªF, e devolver a matéria à Câmara no dia seguinte à votação.

SUBVENÇÕES DO ICMS – Na Câmara, a expectativa é de que a proposta que limita os incentivos fiscais das subvenções do ICMS comece a avançar esta semana e seja aprovada ainda este mês. Lira prometeu prioridade para a matéria.

ATA DO COPOM – O documento deve reproduzir a ênfase do comunicado da semana passada à piora da incerteza no cenário externo, diante dos juros elevados nos EUA e dos novos riscos geopolíticos, mas as coisas lá fora estão um pouco melhores. Na última 6ªF, o payroll (abaixo) consolidou a trégua na escalada das taxas dos Treasuries.

Se, de um lado, o exterior está ficando menos pesado, por aqui, a piora da percepção fiscal coloca no radar as primeiras apostas de que o Copom possa ter de reduzir a dose de queda da Selic para 0,25pp a partir da reunião de março. Hoje, a Focus (8h25) pode trazer ajuste hawkish para o fim do ciclo (9,25%).

MAIS AGENDA – Saem o IPCA de outubro (6ªF), IGP-DI do mês passado (4ªF) e as primeiras prévias de novembro do IPC-S (4ªF) e IPC-Fipe (6ªF). Vendas no varejo em setembro saem na 4ªF. Hoje (8h30), o câmbio acompanha os dados em transações correntes em setembro. Lá fora, Lagarde (BCE) fala na 5ªF e na 6ªF. Na 4ªF, tem o PPI de agosto do bloco europeu. Hoje, saem o PMI/&P Global composto da zona do euro e (6h) da Alemanha (5h55). Nos balanços, tem Itaú, Gerdau, Tim, Vibra, Engie, 3Tentos e AES Brasil, todos à noite. Antes da abertura dos mercados, estão previstos os resultados da Embraer, Gol, Inter e BB Seguridade.

JAPÃO HOJE – O PMI de serviços desacelerou para 51,6 em outubro, de 53,8 em setembro, registrando o ritmo mais lento de crescimento do ano. O resultado ficou acima da leitura preliminar do mês, de 51,1.

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