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BDM Express: Haddad se reúne com Lira; Bostic fala duas vezes em NY
Mais um dirigente do Fed fala hoje (Raphael Bostic, às 9h30 e às 13h30), neste momento em que já estão quase empatadas as apostas de corte e manutenção do juro nos EUA em março, com a precificação menos dovish ameaçando virar o jogo, depois de Waller ter contratado só três quedas este ano.
Na zona do euro, a ata do BCE (9h30) e a participação de Lagarde em Davos (12h15), pelo segundo dia consecutivo, perdem boa parte da importância, depois de ela já ter dito ontem que os juros devem ser cortados no verão europeu, que começa em junho.
Aqui, o impasse da desoneração da folha continua na pauta e Haddad conversa hoje com Lira. O ministro da Fazenda já esteve esta semana com Pacheco e, ontem, se reuniu duas vezes com Lula, pela manhã e de novo no início da noite, no Palácio da Alvorada, em encontro que estava fora da agenda oficial.
As negociações são acompanhadas com atenção, embora o assunto deva se arrastar até fevereiro, quando o Congresso volta do recesso parlamentar e Pacheco pretender reunir as lideranças partidárias.
Segundo os bastidores, o Congresso quer retirar a reoneração gradual da folha, mas toparia manter o limite de 30% ao ano de compensações dos créditos tributários obtidos por decisão judicial. A lei aprovada pelo Congresso incluiu também benefícios aos pequenos municípios, com renúncia fiscal estimada em até R$ 8 bilhões.
O governo abre negociação com os prefeitos para tentar uma saída, segundo o Estadão. Entidades que representam as prefeituras estiveram nesta 4ªF no Planalto para participar de uma rodada de conversas.
As grandes cidades, reunidas na Frente Nacional dos Prefeitos defendem que o governo federal contemple com benefícios tributários, prioritariamente, os municípios com orçamentos mais apertados. Pelo texto aprovado, as cidades menores recolheriam 8% de contribuição previdenciária, em vez de 20%.
Municípios maiores querem mudar o critério. Em vez do nº de habitantes, que pegaria só cidades pequenas, desejam como regra a receita corrente líquida, dizendo que cidades médias/grandes estão mais apertadas.
O ALERTA DO TCU – Pondo em xeque a confiança do governo de arrecadação extra este ano, a área técnica do Tribunal advertiu que a receita no Orçamento está “superestimada” e apontou risco de déficit de até R$ 55,3 bi. A previsão representa -0,5% do PIB, estimativa menos pessimista do que a do mercado (-0,80% no levantamento Focus), embora mais crível na comparação à promessa da equipe econômica de zerar o rombo.
MAIS AGENDA – O BC divulga às 14h30 os dados semanais do fluxo cambial. Em Pernambuco, Lula participa (15h15) da cerimônia de retomada de investimentos na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras. Nos EUA, às 10h30, saem as construções de moradias iniciadas em dezembro e o auxílio-desemprego. Às 13h, o DoE solta os estoques de petróleo (-900 mil). Antes (6h), a AIE divulga o relatório mensal da commodity.
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