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BDM Express: Haddad sinaliza acordo com o Congresso na MP da reoneração

Atualizado 23/01/2024 às 06:15:16

Em linha com o esperado, o BoJ manteve a política monetária dovish inalterada, à espera de mais sinais de sustentabilidade da inflação. Na China, o governo avalia pacote de resgate do mercado de ações de US$ 278 bilhões, segundo fontes da Bloomberg. Nos EUA, a percepção de que o juro do Fed só vai cair mais tarde, em maio, não tem impedido as bolsas em NY de renovaram as máximas históricas, embaladas pela temporada dos balanços. Hoje tem Netflix, após o fechamento.

Aqui, onde os ativos operaram descolados do otimismo em Wall Street, nesta 2ªF, o mercado pode ter exagerado na reação negativa ao anúncio da nova política industrial do governo Lula e aos rumores de que a crise entre a equipe econômica e o Congresso em torno da MP da reoneração da folha se intensificou.

Em entrevista ao Roda Viva, Haddad deu todos os sinais de que mais vez sua intenção é negociar. Admitiu que o acordo ao qual se referiu Pacheco em Davos foi a proposta apresentada pelo presidente do Senado, que estaria na mesa. A saber: tirar a reoneração da MP e manter na medida a reoneração do setor de eventos e o limite das compensações tributárias.

Haddad não disse que sim, nem que não, o martelo não está batido, lembrou que está conversando também com Lira e que, ainda esta semana, ou na semana que vem, esse assunto deverá estar solucionado. O ministro disse que o importante é discutir “princípios”.

O ministro defendeu a proposta da Fazenda enviada ao Congresso, dizendo que está apenas cumprindo a LRF, já que o Orçamento não prevê a despesa de R$ 12 bilhões criada pela prorrogação da desoneração até 2027.

O ministro também foi muito tranquilo para falar da Nova Política Industrial, apresentada nesta 2ªF pelo governo, minimizando o plano, ao afirmar que “é apenas a apresentação de um trabalho do BNDES que já está contratado e orçado, com transparência”.

O novo plano é baseado em seis eixos principais: agroindústria, complexo econômico industrial da saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e inovação, e prevê créditos de R$ 300 bilhões até 2026, a maior parte (R$ 250 bilhões) bancada pelo BNDES.

CAPTAÇÃO – No mesmo dia em que o governo Lula anunciou a nova política para a indústria, o Tesouro confirmou a captação de US$ 4,5 bilhões em emissão externa: US$ 2,25 bilhões do Global 2034 e US$ 2,25 bilhões do Global 2054, com yields entre 6,35% e 7,15%.

EMENDAS CORTADAS – A decisão de Lula de vetar parte do valor destinado no Orçamento às emendas de comissão gerou reação entre parlamentares, que já falam na possibilidade de derrubar a medida (O Globo). Lula retirou R$ 5,6 bilhões dos R$ 16,6 bilhões que estavam previstos para esse tipo de emenda na proposta aprovada pelo Congresso.

MAIS AGENDA – Receita divulga, às 10h30, a arrecadação federal de dezembro. Os números serão comentados às 11h. Às 8h, sai a prévia do IPC-S (8h). Haddad (15h) participa de evento do Reporto e Lula dá entrevista a rádio de Salvador (8h). Lá fora, saia leitura preliminar de janeiro da confiança do consumidor na zona do euro (12h). Entre os balanços, antes da abertura do mercado, saem 3M, Procter & Gamble (P&G), Verizon e General Electric.

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