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BDM Express: Inflação é assunto da semana aqui e lá fora

Atualizado 11/03/2024 às 06:00:20

Os negócios estavam fechados na 6ªF, quando saíram duas notícias que vão repercutir. O CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, teve o final do mandato estendido de maio até dezembro e será aberto processo de sucessão. Na China, o CPI registrou alta anualizada de 0,7% em fevereiro e veio mais pressionado do que o consenso de 0,4%. Já o PPI (-2,7%) teve deflação um pouco maior do que a esperada (-2,5%). A dinâmica inflacionária também é o destaque da agenda dos indicadores da semana aqui e nos EUA, com o IPCA e o CPI de fevereiro (ambos amanhã).

O IPCA de fevereiro deve acelerar para 0,78%, contra 0,42% em janeiro, segunda a mediana de pesquisa Broadcast. O dado virá pressionado pelo reajuste de mensalidades escolares e o aumento do ICMS sobre a gasolina. O indicador coincide com os alertas do BC sobre os preços dos serviços, que trazem insegurança e podem estar por trás da intenção já levantada por Galípolo e Guillen de abandonar o forward guidance.

O mercado se pergunta se o Copom eliminará do comunicado já na reunião da semana que vem o plural da sinalização futura de queda da Selic, preferindo não se comprometer com qualquer indicação mais dovish. A eventual mudança na linguagem poderia preparar o espírito do investidor para cortes menores da Selic (0,25pp) ainda neste semestre e abalar a convicção de Selic terminal abaixo de dois dígitos.

Na 6ªF, como esperado, a frustração com a ausência de dividendos extraordinários afundou as ações da Petrobras e levou o Ibovespa junto. Se a estratégia não agradou, o mercado gostou menos ainda de reforçar a suspeita de intervenção do governo na estatal, após a Reuters informar que Lula se envolveu diretamente na decisão sobre os dividendos.

Segundo a agência, o governo vai se empenhar em mudar a regra sobre a reserva estatutária da companhia para poder utilizar os recursos retidos para realizar investimentos. Lula tem reunião marcada com Prates hoje à tarde (15h).

MAIS AGENDA – Além do IPCA, o volume de serviços em janeiro, que o IBGE divulga na 6ªF, estará no foco, com potencial efeito sobre as apostas para o juro. Na 5ªF, o ritmo da atividade será medido pelas vendas no varejo. Hoje (5h), sai a primeira prévia de março do IPC-Fipe. Na 4ªF, é dia dos dados de janeiro do Caged. Campos Neto, Guillen e Paulo Picchetti têm compromissos do BIS hoje, na Basileia (Suíça).

No sábado, em entrevista à CNN, Gleisi Hoffmann partiu novamente para o ataque contra RCN, que deveria terminar o mandato “tranquilo” e “quieto”, sem ficar “articulando com o Congresso” a PEC da autonomia do BC.

BALANÇOS – A temporada continua, hoje com Natura, Direcional e Localiza, depois do fechamento dos mercados. Na 6ªF, tem Embraer. Amanhã, CVC e Energisa. Na 4ªF, Eletrobras, Casas Bahia, Prio, EcoRodovias, Soma e Hypera. A 5ªF é das varejistas Renner e Marisa, além de Yduqs, Cyrela, Enauta, Eneva, Eztec, JHSF, Tenda e Vittia.

HORÁRIO DE VERÃO – A partir de hoje, o horário de negociação no pregão regular da B3 será reduzido em uma hora, com fechamento às 17h, por causa da volta do horário de verão nos EUA. O after market vai das 17h30 às 18h. A bolsa de NY passa a operar das 10h30 às 17h (de Brasília). O petróleo será negociado das 10h às 15h30.

LÁ FORA – Após o payroll ter reforçado junho como o início dos cortes de juros nos EUA e sinalizado um ciclo total de 100pb de relaxamento monetário, saem nos EUA, além do CPI, amanhã, o PPI e vendas no varejo (5ªF) e a produção industrial de fevereiro (6ªF). Opep publica na 3ªF o relatório mensal de petróleo.

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