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BDM Express: Inflação é destaque aqui e nos EUA
Às vésperas do Copom da semana que vem, o IPCA-15 de dezembro, que o IBGE divulga hoje, às 9h, tem pouco ou nenhum potencial para alterar as expectativas para a Selic. O mercado está fechado na aposta de pelo menos mais três cortes do juro, de meio ponto cada, nas reuniões de janeiro, março e de maio. O consenso é de que a taxa básica (hoje em 11,75%) vai cair até 9,00% no final do ciclo de queda.
O suspense do dia fica pela inflação do PCE de dezembro, que sai às 10h30. A impressão é de que só se o indicador pregar uma surpresa muito grande é que abalará a convicção dos dirigentes do Fed de que dá para esperar até maio para relaxar a política monetária.
O índice americano de preços de gastos com consumo deve reverter a queda de 0,1% em novembro e subir 0,2%, com alta anualizada de 2,6%. O núcleo deve acelerar de 0,1% para 0,2% e crescer 3,0% na base anual.
As chances de corte do juro nos EUA em março voltaram a ficar empatadas com maio na ferramenta de apostas do CME. Mas esta “rebeldia” do mercado em confrontar a leitura mais hawkish dos Fed boys não deve prosperar. A não ser que o PCE venha tão fraco hoje, que bote a perder o viés dovish assumido nas últimas comunicações.
Por aqui, a inflação de alimentos pressionada deve acelerar o IPCA-15 de janeiro na margem, para 0,47%, na mediana de pesquisa Broadcast, contra 0,40% em dezembro. O intervalo das projeções vai de 0,38% a 0,60%.
O INFERNO DA VALE – O investidor acompanha com receio o noticiário da mineradora, abalada ontem por um revés judicial na tragédia de Mariana e pela controversa tentativa de Lula de colocar Mantega no comando da empresa. A Justiça Federal condenou a mineradora a pagar R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos.
O conselho de administração da empresa deve convocar uma reunião extraordinária entre hoje e 3ªF, segundo a coluna de Lauro Jardim (O Globo). Na pauta, a renovação do mandato de Eduardo Bartolomeo como presidente, que agradaria o mercado. O que vem assombrando é a investida de Lula para empurrar Mantega.
EM BRASÍLIA – Tudo certo, nada resolvido. O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, autor do projeto que prorrogou a desoneração da folha, disse ao Broadcast que prevalecerá o que foi aprovado pelo Congresso. Mas, nos bastidores, o governo segue negociando e tem que esperar pela reunião de Lira com lideranças na 2ªF.
NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL – Alckmin afirmou ao Valor que o novo plano do governo poderá ter mais do que os R$ 300 bilhões previstos inicialmente. Ele insistiu que o programa não tem dinheiro público e que o plano foi interpretado como uma proposta gastadora do ponto de vista fiscal, o que seria equivocado. “Foi desinformação [do mercado financeiro]”.
MAIS AGENDA – Além do IPCA-15, sai a inflação paulistana, com a terceira prévia do IPC-Fipe, às 5h. Nos EUA, depois do PCE, vêm as vendas pendentes de imóveis em dezembro (12h) e os dados da Baker Hughes (15h) de poços de petróleo em operação. Amex divulga balanço antes da abertura.
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