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BDM Express: IPCA divide atenção com BB e Petrobras
O dia começa com deflação na China maior do que a esperada, reforçando a pressão por novos estímulos econômicos. Dirigentes do BoE, BCE e Fed voltam a comentar sobre os juros na Europa e nos EUA, com os investidores na expectativa de novos sinais para projetar os próximos passos de política monetária. Ainda em NY, saem dados do auxílio-desemprego (10h30).
Já aqui, o IPCA de janeiro (9h) é o destaque entre os indicadores, com previsão de desacelerar para 0,35% (de 0,56% em dezembro). Petrobras divulga à noite o relatório de produção e vendas e Banco do Brasil encerra a temporada de balanços do setor, que foi contaminado nesta 4ªF pela decepção com os resultados de Bradesco, refletida num tombo de 15% da ação na B3, entre as maiores quedas da história do banco.
Segundo pesquisa Broadcast, o BB deve apresentar hoje, depois do fechamento, um lucro líquido de R$ 9,188 bilhões no 4Tri, representando uma alta de 1,6% contra o mesmo intervalo de 2022 e avanço trimestral de 4,6%.
O Bradesco informou ontem lucro líquido recorrente de R$ 2,878 bilhões no 4Tri do ano passado, aumento de 80,4% na base anualizada, mas 38% abaixo do esperado pelo mercado financeiro, de R$ 4,645 bilhões. O resultado foi agravado por provisões adicionais para duas grandes empresas.
O PERSE DA DISCÓRDIA – As denúncias da Fazenda de irregularidades no programa de benefícios fiscais para o setor de evento são mais um movimento na queda de braço que vem sendo travada entre a Câmara e o governo federal. Fernando Haddad disse a repórteres que a apuração pela Receita não se trata de “caça às bruxas, mas de que quem errou será punido na forma da lei”.
Em recado ao governo, parlamentares ligados ao setor de eventos lançaram manifesto em defesa do Perse, com 305 assinaturas, em uma demonstração de que o Congresso tem força para derrubar a MP encaminhada.
EMENDAS – No Valor, o governo prometeu a aliados realizar o pagamento de R$ 2 bi em emendas parlamentares até o Carnaval para aplacar a crise com o Congresso. O montante se refere a verbas do extinto “orçamento secreto”. O gesto busca dar mais força a Padilha, alvo de fritura de Lira e do Centrão por causa das emendas.
A NOVELA DA META – As surpresas positivas na arrecadação federal neste início de ano, antecipadas esta semana por Haddad e Campos Neto podem adiar a decisão do governo de revisar a meta fiscal de 2024. A avaliação é de Mansueto Almeida (BTG), que calcula que o volume das receitas em janeiro tenha sido superior a R$ 15 bilhões.
MAIS AGENDA – Antes do IPCA saem as primeiras prévias de fevereiro do IGP-M e IPC-S (8h). Saem ainda dados da Anfavea (10h) e fluxo cambial (14h30). Após o fechamento, além do BB, também CCR, Raízen e São Martinho divulgam os seus balanços trimestrais.
LÁ FORA – Nos EUA, os estoques no atacado (12h) têm previsão de alta de 0,4% em dezembro. Os BCs do México (16h) e do Peru (20h) decidem juro. Os papéis da Disney dispararam quase 7% no after hours, após o lucro de US$ 1,91 bilhão superar as expectativas. Na China, a deflação do CPI em janeiro (-0,8%) veio maior do que a esperada pelos analistas de mercado financeiro (-0,5%). O índice de preços ao produtor (PPI) cedeu 2,5%, próximo da estimativa de -2,6%.
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