Apesar de uma nova guerra no mundo, é grande o alívio dos mercados globais com as mensagens do Fed que sinalizam para o fim do aperto dos juros nos EUA. Com o cenário externo um pouco mais otimista, o IPCA de setembro (9h) pode reforçar a aposta de que há espaço para seguir com a queda da Selic no ritmo planejado (0,50pp). A mediana é de aceleração para 0,32% (de 0,23% em agosto).

A forte queda dos juros dos Treasuries foi acompanhada pelas taxas do DI, enquanto o dólar derretia em sintonia com o exterior. O câmbio também foi favorecido pela notícia de que a China prepara um novo pacote de estímulos para garantir a meta de 5% de crescimento.

A busca por risco ainda resgatou os 116 mil pontos do Ibovespa, em sintonia com as altas das bolsas em NY.

Definitivamente, o Fed decidiu intervir para acabar com o estresse da curva longa nos EUA, e está conseguindo. A mensagem de Phillip Jefferson, o vice de Powell, no início da semana, não foi um comentário isolado. O discurso orquestrado pelos dirigentes do BC americano é uníssono: os yields elevados podem funcionar como aperto adicional e dispensam novo aumento do juro.

Hoje, a ata do último Fomc (15h) pode trazer mais pistas. Também o PPI (9h30) é importante, antes do CPI amanhã, feriado no Brasil.

O investidor deixou de lado os conflitos entre Israel e o Hamas por entender que o efeito ficará limitado à região da Faixa de Gaza sem a participação do Irã, que era o maior receio. Até o petróleo devolveu uma pequena parte dos ganhos com o susto inicial.

MAIS AGENDA – O BC informa às 14h30 os dados semanais do fluxo cambial. Haddad e Campos Neto têm compromissos fechados, às margens das Reuniões Anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh (Marrocos).

O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, faz videoconferência com a EQI Asset (10h) e encontra-se com representantes do Itaú Unibanco (11h), na sede do BC em São Paulo.

LÁ FORA – Dentro da nova linha dovish, fica a expectativa para os comentários dos Fed boys hoje: Michelle Bowman (5h15), Christopher Waller (11h15), Raphael Bostic (13h15) e Susan Collins (17h30). O CPI é destaque na Alemanha (3h) e na China, esta noite.

A repercussão dos números chineses e da inflação ao consumidor nos EUA só será possível na volta do feriado.

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