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BDM Express: Japão mantém juro, mas indica maior flexibilidade
Ainda não foi desta vez que o BoJ ajustou sua política ultrafrouxa. O juro seguiu em -0,1% e a faixa de variação permitida para o retorno do bônus do governo (JGB) de 10 anos foi mantida entre -0,5% e 0,5%. A surpresa foi ter indicado “maior flexibilidade”. A expectativa nesta 5ªF de que o BC japonês fizesse algum movimento hawkish impulsionou o iene e puxou os yields americanos, que, junto com o PIB forte dos EUA e a proposta do Fed de elevar a exigência de capital para grandes bancos, azedou os mercados. Hoje, o PCE (9h30) e as expectativas inflacionárias do sentimento do consumidor de Michigan (11h) podem abalar as apostas ao Fomc.
Aqui, tem deflação do IGP-M (8h), resultado fiscal (8h30), Pnad (9h), teleconferência da Vale sobre o balanço (11h) e reunião da Petrobras para discutir a nova política de dividendos. Segundo apurou o Valor, as mudanças podem incluir a recompra de ações. Além das dúvidas sobre os dividendos, pesaram rumores de interferência do PT, que quer trocar a diretoria.
Sob pressão do exterior, os ativos domésticos operaram com alta volatilidade: o índice da bolsa oscilou 3 mil pontos, o dólar foi da mínima de R$ 4,70 para R$ 4,75 no final do pregão e os juros longos e intermediários subiram.
A proposta para reforma da regulação bancária nos EUA foi mal-recebida pelo mercado em NY e não tem consenso nem entre dirigentes do Fed. As novas regras ficarão abertas à consulta pública até o fim de novembro. A Financial Services Forum afirmou que as instituições financeiras estavam “desapontadas”. A notícia esvaziou o otimismo da manhã com o crescimento de 2,4% do PIB/2Tri.
Nesta semana, Powell sinalizou a intenção de encerrar o ciclo deixando claro que a decisão é dependente dos dados que virão. Por isso, o PCE de junho é bastante importante hoje. As estimativas apontam para um consenso de +0,2% na margem para o índice cheio.
RUÍDOS – Internamente, repercutiu a confirmação do nome de Marcio Pochmann para o IBGE, além de outras articulações do PT. Segundo a Coluna do Estadão, o partido quer indicar Guido Mantega para a Vale (por meio da Previ). O grupo petista está ainda fritando Jean Paul Prates, que já não estaria mais nas graças de Lula e pode ser substituído para mudanças “o quanto antes” na diretoria da estatal.
Sobre Pochmann, é assunto resolvido, sem chance de reação de Simone Tebet, que já absorveu o “golpe”. A ministra disse que a indicação de Lula é “mais do que justa” e ela vai acatar. “Pochmann será muito bem-vindo, não vou fazer pré-julgamento.”
MAIS AGENDA – O dia começa com deflação do IGP-M (8h), de 0,74% em julho. Na sequência (8h30), vem o resultado do setor público consolidado. Na Pnad (9h), espera-se mais uma redução para 8,2%, contra 8,3% até maio. Entre os balanços, é a vez de Usiminas, antes da abertura dos mercados financeiros.
LÁ FORA – Chevron e ExxonMobil soltam resultados pela manhã. À tarde, a Baker Hughes divulga o número de poços de petróleo em operação nos EUA (14h) e o BC do Chile divulga decisão de política monetária (18h20).
AFTER MARKET – Intel saltou 8% com o lucro líquido inesperado de US$ 1,5 bilhão no 2Tri, ou US$ 0,35 por ação, enquanto a expectativa dos analistas do mercado financeiro era por uma perda de US$ 0,66 por papel.
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