A menos de três horas do fim do prazo, a Câmara e o Senado dos EUA aprovaram, no sábado, proposta que estende por 45 dias o financiamento do governo americano e evita o shutdown, removendo do cenário de curto prazo um importante fator de incerteza. Nesta semana, investidores em NY retomam o debate dos juros, com todas as expectativas concentradas no payroll, na 6ªF.

Na China, o feriado da Golden Week fecha os mercados a semana inteira, mas hoje pode repercutir o PMI que mostrou a atividade de volta ao território de expansão em agosto. O dado foi divulgado no final de semana. O exterior ainda tem reunião da Opep (4ªF), com o petróleo querendo US$ 100. Aqui, o Congresso tem votações importantes da agenda econômica.

Está prevista a apreciação de três projetos que podem fazer a diferença para a melhora da percepção fiscal, especialmente, da taxação de fundos offshore e exclusivos, que pode ir para o plenário da Câmara entre amanhã (3ªF) e 4ªF. A proposta compõe o pacote de Haddad para elevar a arrecadação. Os deputados Mauro Benevides (PDT) e Pedro Paulo (PSD) são cotados para a relatoria dos projetos.

Ainda na Câmara, deve ser votado nesta semana o projeto de lei do Marco das Garantias, que facilita a obtenção de crédito. O texto já passou na Casa, mas foi modificado no Senado e, por isso, voltou para análise dos deputados. Já o Senado marcou para hoje a sessão para votar o projeto de lei do Desenrola.

Além da regulamentação do programa, a proposta limita os juros do rotativo do cartão de crédito a 100%, caso o setor financeiro não apresente uma proposta de autorregulação em até 90 dias. O projeto não trata da polêmica do fim do parcelamento sem juros. O governo precisa que a matéria seja votada até amanhã, último dia de validade da MP que trata do assunto.

Na 4ªF, Simone Tebet participa de audiência na CMO sobre o Plano Plurianual (PPA). A ministra deve ser questionada sobre a proposta da Fazenda para mudar a contabilidade dos precatórios. No Valor, o Planejamento propõe que a dívida seja classificada como despesa primária, com exclusão desse gasto da regra do novo arcabouço fiscal. Hoje, o presidente do BC profere palestra (10h) no “Abracam Talks”.

MAIS AGENDA – A semana começa com o IPC-S de setembro (8h), o Caged de agosto (14h30) e a balança comercial fechada do mês passado (15h). Amanhã (3ªF), sai o IPC-Fipe de setembro e, na 6ªF, o IGP-DI. Já o ritmo da atividade será medido pela produção industrial de agosto (5ªF). Daqui a pouco (8h25), o Banco Central divulga o boletim atualizado, com as projeções dos economistas do mercado.

PAYROLL E MAIS – O relatório de emprego é considerado um dado-chave para projetar as expectativas e vem para confirmar ou não as avaliações de que o mercado de trabalho continua apertado nos EUA, o que contribuiria para juros altos por mais tempo. Antes do payroll, mais dados do emprego saem nos EUA: o relatório Jolts (3ªF) e a pesquisa ADP (4ªF). Hoje, tem a leitura final de setembro do PMI industrial do ISM (11h) e da S&P Global (10h45). Na 4ªF, sai o PMI de serviços.

ZONA DO EURO – Na 4ªF, sai o PPI de agosto do bloco. Hoje, será divulgado o PMI industrial de setembro na zona do euro (5h), Alemanha (4h55) e Reino Unido (5h30). O resultado do PMI composto (indústria + serviços) nestas três economias está previsto para 4ªF.

CHINA – O PMI industrial oficial subiu de 49,7 em agosto para 50,2 em setembro, acima da previsão de 50, e na faixa de expansão pela primeira vez em seis meses. O setor de serviços registrou crescimento de 50,5 para 50,9.

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