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BDM Express: Mercado já espera queda menor da Selic
A agenda dos mercados é mais fraca hoje prevendo, em NY, pedidos de auxílio-desemprego (9h30) e o balanço da Netflix, após o fechamento, e, aqui, a 2ª prévia do IGP-M (8h) e fluxo cambial (14h30). Em compensação, as entrevistas desde Washington, onde seguem as reuniões do FMI e Banco Mundial, continuam a movimentar os negócios. Três Fed boys estão escalados para confirmar que não há pressa para cortar os juros.
Haddad e Campos Neto voltam a falar também, desta vez juntos, em coletiva do G-20 (14h15). Nesta 4ªF, RCN deu dois recados importantes ao mercado: o BC não fará intervenção no câmbio para conter o dólar e o Copom pode rever o guidance que contratou novo corte de 0,50pp para a Selic em maio.
O mercado não pensou duas vezes para ajustar suas apostas. A curva dos juros futuros terminou o dia projetando queda de 0,25pp já na próxima reunião (7 e 8/5), enquanto a taxa terminal no final do ciclo se confirmava no patamar dos 10%.
Em suas declarações, RCN citou várias vezes a frase que levantou a lebre, alertando que a “revisão fiscal” pode “custar mais caro para a política monetária”. Deixou claro que não concordava com a decisão, admitindo que o evento poderá afetar as expectativas de inflação. Ele também disse que o BC fará o que for necessário para ancorar as expectativas de inflação.
Em relação à intensa reprecificação dos juros americanos, o pico do movimento parece ter sido superado, após um leilão de T-Bonds de 20 anos do Tesouro dos EUA, com forte demanda, derrubar os rendimentos e o dólar, que caiu em escala global.
PAUTAS-BOMBA – No Estadão, a equipe econômica está preocupada com medidas que vão gerar despesas, como a PEC do Quinquênio, que ressurgiu no Senado sob patrocínio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco.
A medida, aprovada pela CCJ nesta 4ªF, concede promoção automática a membros do Judiciário e faz pagamentos retroativos. Além disso, o benefício tem potencial de provocar um carrossel nas carreiras de Estado, em outros setores do serviço público.
A leitura na Fazenda é de que o ambiente no Congresso se tornou mais adverso neste ano de eleições. Ganharam relevância os prefeitos e as demandas regionais e, neste cenário, os técnicos acham improvável restringir o pagamento de emendas parlamentares
Explicam que esse foi o motivo pelo qual a Fazenda cedeu no “jabuti” que permite a antecipação de até R$ 15,7 bilhões em novos gastos, antes previsto para o fim de maio. A liberação antecipada foi uma decisão da Casa Civil para honrar negociações políticas com parlamentares.
A estratégia da equipe de Haddad, apurou a reportagem do jornal, é tentar mostrar ao mercado que, apesar do mal-estar com a revisão das metas fiscais, a mudança foi necessária para que o arcabouço não caia em descrédito.
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