O investidor espera comunicação cautelosa da ata do Fed (16h), para validar o sentimento de que março está eliminado como ponto de partida da flexibilização monetária, que maio também tem cada vez menos chance e que o corte de juro pode ficar para junho. Pouco antes da ata, a diretora do Fed Michelle Bowman, que vota este ano, participa às 15h de evento.

NY ainda opera na expectativa pelo balanço da produtora de chips Nvidia, que sai após o fechamento. A gigante integra as chamadas Sete Magníficas, junto com a Meta, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon e Tesla, e tem sido referência no otimismo com a inteligência artificial.

Por aqui, Campos Neto faz palestra sobre economia verde, em Brasília (8h30), e Lula reagendou para as 10h a reunião programada para ontem com Haddad. Questionado sobre a chance de o presidente bater o martelo e decidir que a reoneração da folha tramitará por projeto de lei, em regime de urgência, e não mais por MP, o ministro se limitou a responder a repórteres: “Isso”.

Esta semana, o líder Randolfe Rodrigues deu como certa a retirada do trecho da reoneração da folha de pagamento da MP 1.202 para ser votado em PL e antecipou que a volta gradual da cobrança de tributos sobre 17 setores da economia será suspensa e retomada só no ano que vem.

Oficialmente, Haddad não confirmou que a validade da medida ficará para 2025, mas reconheceu que o prazo está sendo rediscutido. Padilha informou que a reoneração e o Perse serão tratados na semana por Lula e Pacheco. Ainda na agenda de articulação política, Lula se reúne amanhã com Lira e lideranças da Câmara após a posse do novo ministro do STF, Flávio Dino.

Ontem, à saída de reunião com o Lula, ministros e representantes no Congresso, Padilha disse que a prioridade definida para 2024 é consolidar o “equilíbrio econômico”. Segundo ele, a previsão é de envio da proposta de regulamentação da reforma tributária ao Congresso até março.

Além de se reunir com Lula hoje, Haddad se encontrará com Tebet e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron (17h), e participará da gravação de uma entrevista à jornalista Miriam Leitão (GloboNews), na sede da Fazenda, às 15h.

MAIS AGENDA – O BC divulga o fluxo cambial semanal às 14h30. GPA, Assaí e Aeris soltam balanços após o fechamento. Weg, antes da abertura. Na zona do euro, sai a leitura de fevereiro da confiança do consumidor (12h).

CRISE DIPLOMÁTICA – Em meio ao desgaste provocado pelos comentários comparando as ações militares israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, Lula recebe, às 9h, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. O diplomata, que é judeu, deve reafirmar a discordância de Washington de que Israel comete genocídio em Gaza.

A turbulência deu munição à oposição e mobilizou aliados de Bolsonaro, que prometem protocolar esta semana o pedido de impeachment de Lula. Mas líderes no Congresso afirmam ser de zero a chance de a ofensiva prosperar. O Itamaraty recebeu alerta de protestos contra Lula hoje, no Rio, onde será realizada reunião do G-20.

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