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BDM Express: Payroll pega mercado em clima hawkish

Atualizado 05/01/2024 às 05:49:18

É de agenda carregada o dia, aqui e lá fora, com os dados de novembro da produção industrial do IBGE (9h) e do resultado fiscal consolidado (8h30), além de recorde histórico da balança comercial doméstica no ano passado (15h), inflação na zona do euro (7h) e todas as atenções voltadas para o payroll de dezembro (10h30), que coincide com algum freio nas apostas de corte do juro já neste 1Tri nos EUA.

O mercado ainda não virou a chave e continua projetando como majoritárias as apostas de que o Fed comece a flexibilizar a política monetária em março, com ajuste total de 150pb no ano. Mas as chances de o desaperto ficar só para maio e de o ciclo de queda ser menos intenso do que se imaginou ganham cada vez mais a cena e serão testadas hoje pelo relatório de emprego.

A previsão é de que a economia americana tenha gerado 175 mil empregos em dezembro, na mediana do Broadcast. Caso se confirme, o resultado representará desaceleração contra as 199 mil vagas criadas em novembro. A taxa de desemprego deve ter leve alta, de 3,7% para 3,8%.

A dúvida que ficar no ar é se, mesmo que venha mais fraco (como aponta o consenso), o payroll conseguirá conter a onda hawkish que abala NY desde que a ata do Fed corrigiu a interpretação dovish da fala de Powell em dezembro. 

Uma rodada de indicadores econômicos mais fortes do que o esperado nos EUA voltou a esvaziar o sentimento entre os investidores de um corte mais rápido do juro. Causou surpresa a pesquisa ADP, que apontou a abertura de 164 mil vagas de trabalho no setor privado em dezembro, bem acima da previsão de 125 mil vagas.

Além disso, os pedidos semanais de auxílio-desemprego (202 mil) ficaram abaixo do esperado (216 mil). Do lado da atividade, o PMI/S&P Global de serviços subiu a 51,4 pontos em dezembro, levemente acima da previsão de 51,3.

MAIS AGENDA – Nos EUA, além do payroll, saem hoje o PMI/ISM de serviços de dezembro e as encomendas à indústria em novembro, com previsão de alta de 1,8%. Os dois indicadores serão divulgados ao meio-dia. Os dados da Baker Hughes de poços de petróleo em operação saem às 15h. Tom Barkin (Fed) fala às 15h30.

JAPÃO HOJE – O PMI/S&P Global composto voltou para a marca de 50 (que separa contração de expansão) na leitura final de dezembro, contra 49,6 em novembro. O PMI de serviços subiu de 50,8 para 51,5 de um mês para o outro.

AQUI – O vigor da balança comercial (15h) deve ser confirmado hoje pelo superávit de US$ 7,80 bilhões em dezembro e pelo recorde de US$ 97,1 bilhões no acumulado de 2023. Para a produção industrial (9h), a previsão é de alta de 0,5% em novembro, na margem, acelerando contra o avanço de 0,1% em outubro.

Na inflação, o IGP-DI (8h) deve ganhar ritmo para 0,65% em dezembro, de 0,50% em novembro, mas deve fechar 2023 com recuo de 3,28%. O IPC-Fipe (5h) deve subir de 0,43% para 0,50% e encerrar o ano em 3,28%. No cenário fiscal, a expectativa de desempenho mais positivo dos Estados e municípios deve moderar o impacto do déficit setor público consolidado: -R$ 34,0 bilhões.

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