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BDM Express: Petrobras deve aumentar combustíveis esta semana

Atualizado 14/08/2023 às 20:21:24

Novos dados da China esta noite monitoram o ritmo da atividade, enquanto na Europa a agenda desta semana ajuda a projetar os próximos passos do BCE e do BoE. Já nos EUA, dificilmente os indicadores devem abalar as apostas de que o Fed encerrou o aperto dos juros. No Brasil, cresce a expectativa pelo anúncio de um reajuste dos preços dos combustíveis pela Petrobras, com os ganhos acumulados de sete semanas consecutivas do petróleo.

Na 6ªF, durante o evento de lançamento do PAC, Alexandre Silveira (MME) informou que a estatal já comunicou ao governo que, se o Brent continuasse subindo, terá de reajustar seus preços nas refinarias. Segundo ele, a Petrobras tem total autonomia para tomar suas próprias decisões empresariais.

No final de semana, Lauro Jardim (O Globo) informou que Jean Paul Prates disse à ANP que a diretoria está discutindo a possibilidade de reajustar os combustíveis “em breve”. A agência reguladora teria procurado Prates por estar preocupada com a possibilidade de a estatal estar segurando o aumento. As apostas do setor convergem para que o reajuste seja anunciado nesta semana.

Com o petróleo encaminhando-se para US$ 90/barril, segundo especialistas, o último reajuste da gasolina, que tem defasagem estimada em 22%, ocorreu há mais de 40 dias e do diesel (defasagem de 26%, segundo a Abicom), já mais de 85 dias.

A sensação de que a Petrobras não pode resistir por muito mais tempo à defasagem externa antecipa pressões inflacionárias, mas pega o mercado e o BC em um momento de maior otimismo com os preços. Na última 6ªF, o IPCA fechou julho em +0,12%; a abertura dos números aliviou, especialmente os preços de serviços, que arrefeceram para 0,25%, contra 0,62% em junho.

Embora seja minoritária, a aposta na curva a termo de corte mais agressivo (0,75 pp) da Selic no próximo Copom (setembro) cresceu mais um pouco, para 40%, e continua disputando de perto com a precificação de 0,50 pp (60%).

AGENDA – O mercado acompanhará hoje, na Focus (8h25), se a ata do Copom desencadeou algum ajuste nas expectativas para o IPCA e a Selic. Ao longo da semana, saem o IGP-10 de agosto (5ªF) e as prévias do IPC-S (4ªF) e IPC-Fipe (5ªF). Do lado da atividade econômica, o IBC-Br de junho tem mediana de 0,65%.

BALANÇOS – A temporada chega ao fim com resultados importantes nesta 2ªF: JBS, BRF, Marfrig, Itaúsa, Natura, Magazine Luiza, Qualicorp, Localiza, Raízen, Vibra, Copel, Cosan, Gafisa, JHSF e IRB, após o fechamento dos negócios. Embraer e XP também vêm hoje, sem horário confirmado. Antes da abertura, sai Inter. Amanhã (3ªF), Nubank. Em NY, Walmart fecha a temporada dos balanços trimestrais, com o anúncio dos seus resultados na 5ªF.

ARCABOUÇO FISCAL – O Centrão continua segurando a votação do projeto na Câmara à espera da reforma ministerial. Lula ainda não dá pistas de como resolver o nó. Segundo apuração de bastidores do Broadcast Político, nem os seus auxiliares mais próximos sabem se o presidente pretende abrigar o Centrão com a demissão de aliados ou com a criação de novos ministérios.

LÁ FORA – A ata do Fomc (4ªF) e a agenda de indicadores nos EUA, com as vendas no varejo em junho (amanhã, 3ªF) e a produção industrial de julho (4ªF), dificilmente devem abalar as apostas amplamente majoritárias em uma pausa do juro. Na Europa, a agenda ajuda a projetar os passos do BCE e do BoE. Na zona do euro, saem a inflação ao consumidor de julho (6ªF), além do PIB/2Tri e produção industrial de junho, na 4ªF, quando o Reino Unido solta o CPI.

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