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BDM Express: Petrobras reduz gasolina no meio da guerra
A tensão geopolítica no Oriente Médio, junto com a nova onda de pressão nos Treasuries, continua no foco dos investidores, enquanto aqui soma-se a decisão da Petrobras de anunciar, ontem à noite, a redução do preço da gasolina, com o petróleo escalando e no meio da guerra que ninguém sabe onde vai dar. O anúncio dos combustíveis foi feito poucos minutos antes do pronunciamento de Biden para defender o pacote de segurança que enviará hoje ao Congresso em apoio a Israel e a Ucrânia.
A agenda prevê, ainda, o balanço da Amex e discursos de dois Fed boys em NY e, no Brasil, o IBC-Br (9h), uma entrevista de Haddad e um painel de Campos Neto.
A fala de Biden, esperada pelo mercado como uma sinalização do que poderá acontecer no Oriente Médio nas próximas horas, incluiu ressalvas ao direito dos palestinos e contra a islamofobia, mas omitiu qualquer referência a uma negociação para a paz. Mais de uma vez, ele insistiu que o sucesso de Israel é importante para a segurança dos Estados Unidos.
Segundo a agência Dow Jones, o pacote de Biden prevê recursos suplementares da ordem de US$ 100 bilhões para investimentos em segurança. Desse montante, ao menos US$ 10 bilhões iriam para Israel e US$ 60 bilhões para a Ucrânia. A proposta deve enfrentar dificuldades no Congresso, diante da crise na Câmara, que está sem presidência há semanas.
Em meio às incertezas da guerra e receios de que os conflitos possam se espalhar pela região, o petróleo voltou a subir nesta 5ªF com o Brent para dezembro fechando a US$ 92,38 (+0,96%), em Londres. Já o WTI subiu para US$ 88,37 (+1,26%), em NY.
O motivo alegado para a Petrobras reduzir o preço da gasolina é a defasagem negativa de 5% estimada pela Abicom. Com o corte de 4%, praticamente zerou a diferença com os preços internacionais. A partir de amanhã, o litro fica R$ 0,12 mais barato, a R$ 2,81. Já no caso do diesel, a alta de 6,6% reduziu em menos da metade a defasagem com o preço internacional, calculada em 14%.
O impacto positivo já surge em uma série de revisões para o IPCA deste ano. Segundo apurou o Broadcast, economistas estimam um impacto negativo em torno de 0,10pp com a queda da gasolina. Considerando que a mediana do último Focus já indicava um IPCA de 4,75%, no teto da meta, as chances de fechar o ano abaixo disso são melhores
REFORMA TRIBUTÁRIA – Relator Eduardo Braga (MDB) estuda a possibilidade de criar uma quarta alíquota para acomodar as pressões de setores que querem ser beneficiados por uma tributação menor e não foram atendidos na votação da Câmara. Segundo o Estadão, a quarta alíquota reduziria o custo para atender às pressões dos descontentes. Uma das possibilidades é fixar o valor numa faixa de 70% da alíquota cheia (desconto de 30%).
MAIS AGENDA – O desempenho negativo do setor de serviços e das vendas no varejo em agosto deve impor queda ao IBC-Br no mês, após duas altas seguidas. A mediana no Broadcast é de contração de 0,6%, após +0,44% em julho. À 11h, Haddad, participa de coletiva, em SP, sobre resolução da CVM para o Plano de Transformação Ecológica. Em Miami, Campos Neto (BC) estará em evento sobre o PIX (13h35) e receberá prêmio da Americas Society (19h30). O balanço da American Express (AMEX) sai antes da abertura de NY. Os dados da Baker Hughes saem às 14h.
b – O PBoC manteve os juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano (3,45%) e 5 anos (4,320%).
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