Reunião do BCE deverá manter o juro estável (9h15), após os últimos indicadores atestarem a fraqueza da atividade na zona do euro. Já nos EUA, a resiliência da economia será medida pela preliminar do PIB/3Tri (9h30). Um resultado mais forte tende a sustentar a pressão nas taxas dos Treasuries, que voltaram a pesar nesta 4ªF, junto com balanços decepcionantes das “big techs”, como da Alphabet. Hoje, depois do fechamento, tem Intel e Amazon, em NY, e Vale, aqui, além de relatório de vendas e produção da Petrobras.

Entre os indicadores domésticos, sai o IPCA-15 (9h). O investidor ainda repercute a aprovação do projeto que taxa os fundos exclusivos e fundos offshores na Câmara. Com o placar folgado de 323 votos contra 119, a proposta saiu após Lula demitir, horas antes, a presidente da Caixa, abrindo espaço ao nome indicado por Arthur Lira para o cargo. A matéria segue agora para o Senado.

A previsão inicial de arrecadação com a taxação das offshores era de R$ 7 bilhões. Com a dos fundos exclusivos, de R$ 11 bilhões. Mas a equipe econômica ainda vai divulgar novas projeções com base nas alterações feitas pelo relator Pedro Paulo (PSD).

Ao final da sessão, Arthur Lira disse que o projeto que altera a tributação sobre as grandes companhias que recebem subvenções do ICMS dos Estados será a próxima matéria a ser discutida antes dos feriados do dia 2 e do dia 15. O projeto é outro importante item da equipe econômica para elevar a arrecadação.

DESONERAÇÃO DA FOLHA – Foi aprovado no Senado o projeto que prorroga a desoneração para 17 setores da economia até 2027. O impacto é estimado entre R$ 11 bilhões e R$ 20 bilhões com a inclusão de um dispositivo que desonera também as prefeituras de cidades com até 142 mil habitantes (mais de 3 mil).

REFORMA TRIBUTÁRIA – O parecer do senador Eduardo Braga (MDB) foi parar na manchete do Estadão de hoje, que acusa o relator de “ceder à pressão de lobbies e ampliar as brechas para aliviar a taxação de setores”. O texto final incluiu dez setores e atividades na lista de tratamentos diferenciados, criou uma nova taxação sobre a extração de minério e petróleo e aumentou para R$ 60 bilhões o aporte da União ao FDR.

FEBRABAN – Em nota no início da noite, reagiu à mudança feita pelo relator da reforma tributária, que retirou a trava que garantia que a tributação das receitas com as operações de crédito dos bancos não podia aumentar após a implementação da proposta. Eduardo Braga (MDB) acatou na CCJ emenda do senador Cid Gomes (PDT-CE) que inverte a lógica dessa trava aprovada pela Câmara ao determinar que a carga fiscal sobre o crédito não pode ser reduzida até o final do quinto ano de vigência da reforma.

MAIS AGENDA – A previsão em pesquisa Broadcast é de que o IPCA-15 desacelere para 0,21% em outubro (mediana), após alta de 0,35% em setembro. Com um dia de atraso, sai hoje o fluxo cambial semanal (14h30). Às 15h, tem reunião do CMN. Às 10h, Haddad dá entrevista ao Correio Braziliense e Lula toma café com jornalistas.

BALANÇOS – O lucro líquido da Vale deve cair 39%, para US$ 2,7 bilhões no 3Tri, pelas estimativas de especialistas. Mas a melhora nos preços do minério e a resiliência da China devem indicar recuperação na receita (US$ 10,7 bilhões) e no Ebitda da companhia, com previsão de US$ 4,7 bilhões. Multiplan e Suzano também divulgam balanços à noite.

LÁ FORA – No mesmo horário do PIB (9h30), saem nos EUA o auxílio-desemprego, com previsão de 9 mil pedidos, e as encomendas de bens duráveis em setembro. Os BCs da Turquia (8h) e do Chile (19h) decidem juros. No after hours, Meta foi mal (-3,35%), após ter alertado sobre incertezas econômicas. Já IBM subiu 1,41%.

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