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BDM Express: Powell no Congresso americano mobiliza atenções

Atualizado 06/03/2024 às 06:03:05

O mercado continua esperando pelo anúncio de estímulos no Congresso do Povo na China, já com medo de que a meta de crescimento de 5% este ano seja dura de ser batida. Na agenda doméstica, a produção industrial de janeiro (9h) tem previsão de queda e até pode animar as apostas de Selic de um dígito. Na noite de ontem, Galípolo (BC) sinalizou que o Copom ainda tem dúvidas de que a pressão na inflação de serviços vem dos salários.

Nos EUA, é dia de Livro Bege (16h), relatório ADP de emprego no setor privado (10h15) e de pesquisa Jolts (12h), mas o ponto alto do dia será a presença de Powell na Câmara, ao meio-dia, para apresentar o relatório semestral de política monetária.  

O documento já foi publicado no site do Fed no início da tarde da última 6ªF, o que leva a crer que está, em grande parte, absorvido pelo mercado. Mas ninguém vai perder Powell, na esperança de que diga alguma novidade.

Se Powell não fugir ao script, o mercado tem tudo para manter a precificação de que o Fed está sem pressa de derrubar o juro e pode esperar até o final do 2Tri, antes de cantar vitória sobre a inflação.

GALÍPOLO – Durante palestra, o diretor do BC ressaltou os receios com a inflação de serviços, mas disse não ter segurança de onde exatamente vem a pressão. Sobre a Selic, afirmou que faltam informações para “tatear qual será a taxa terminal” e que, mais importante do que o forward guidance do Copom (que prevê pelo menos mais dois cortes de 0,5pp), são os indicadores econômicos.

O RECUO NO PERSE – Haddad saiu ontem de uma reunião com Lira e lideranças da Câmara dizendo que a equipe econômica aceita voltar atrás na ideia de acabar com o Perse. Segundo o ministro, uma versão mais restrita do programa será enviada ao Congresso na semana que vem em projeto de lei com urgência constitucional (prazo de 45 dias para ser apreciado).

Haddad afirmou, porém, que a MP (que atualmente revoga o Perse, reonera as prefeituras e limita compensações tributárias) será mantida. A manutenção é estratégica para a equipe econômica poder contabilizar o aumento da receita previsto com o fim do Perse (R$ 13 bi) no relatório bimestral de avaliação do Orçamento.

MAIS AGENDA – A produção industrial medida pelo IBGE deve reverter a alta de 1,1% em dezembro e cair 1,6% em fevereiro. O câmbio deve monitorar as transações correntes (8h30). Para o IDP, a mediana indica entrada líquida de US$ 5,10 bi. À tarde (15h), sai a balança comercial. Campos Neto e outros diretores do BC terão reunião nesta manhã (11h) com membros da Febraban, em SP.

BALANÇOS – CSN, CSN Mineração, 3R Petroleum, Dexco, SLC Agrícola e Taesa soltam resultados após o fechamento.

LÁ FORA – Nos EUA, os dirigentes do Fed Mary Daly (14h) e Neel Kashkari (18h15) falam depois de Powell. Na agenda dos indicadores, sai o relatório ADP. Ao meio-dia, saem os estoques no atacado. Os estoques de petróleo do DoE (12h30) devem apontar crescimento de 1,3 milhão de barris. O BC do Canadá decide juro às 11h45.

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