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BDM Express: Reforma tributária vai ao Plenário. NY aguarda Powell
A fala de Powell (11h15) é aguardada com expectativa pelos investidores em NY, que esperam ver confirmadas as apostas de que o juro americano não subirá mais e começará a cair já em maio. Esse cenário otimista, desde o payroll fraco, tem sustentado o entusiasmo dos mercados em Wall Street e ajudado na recuperação do Ibovespa e do câmbio, embora alguns Fed boys estejam fazendo alertas no sentido contrário.
No Brasil, a agenda é intensa, repleta de indicadores – com IGP-DI, dados fiscais, vendas do comércio – e de balanços, com Eletrobras e BTG, antes da abertura, e mais 16 companhias depois do fechamento, incluindo o BB, Braskem, Casas Bahia e Minerva Foods. Destaque, ainda, para palestra de Campos Neto nos EUA (15h40) e para a votação da reforma tributária no plenário do Senado.
Após o parecer do relator Eduardo Braga (MDB) passar na CCJ, os senadores aprovaram o requerimento de cronograma especial para acelerar a tramitação. Rodrigo Pacheco antecipou a sessão para 14h em sinal de que há a intenção de concluir a votação hoje. Se aprovado, o texto retornará à Câmara por causa das alterações que sofreu.
Já Lira defendeu o fatiamento da reforma afirmando que o Congresso poderia promulgar primeiro a parte da proposta que tiver consenso. Braga disse estar “à disposição” de Lira, mas considerou “complexa” a proposta de fatiar a PEC. Nos últimos ajustes, Braga acatou no Senado mais de 30 emendas que ampliaram as exceções.
Mesmo com as novas emendas, a aprovação da reforma tributária na CCJ do Senado foi comemorada pela equipe econômica, que avalia que as alterações no sistema tributário continuam sendo positivas. Também o mercado está mais animado.
LDO – Na CMO, o relatório preliminar do deputado Danilo Forte (UB) foi votado ontem sem um pedido de revisão da meta de 2024. Mas, depois de se reunir com Rui Costa, o relator disse que o ministro pediu prazo até o dia 16 para o governo decidir se vai ou não pedir a mudança da meta zero.
HADDAD – O ministro usou sua participação no Brasil Investment Forum para fazer um discurso de responsabilidade fiscal que poderia ter sido redigido pelo mercado. Haddad reconheceu que a tarefa de organizar a trajetória fiscal do País não é “simples”, mas defendeu que é preciso ter “convicção no trabalho”, além de “compreensão por parte de todos os Poderes”.
CARTÃO DE CRÉDITO – Terminou sem acordo a reunião convocada pelo BC sobre o teto dos juros. A Febraban defende limitar o parcelamento a seis vezes e sugeriu uma junção com uma ideia do PicPay: no caso de o cliente não pagar a fatura do cartão, quando ele renegociar o débito para pagar com juros, as parcelas futuras de um parcelamento sem juros seriam incorporadas à renegociação. Ou seja: essa fatia da dívida passaria a ter a incidência de taxas de juros.
MAIS AGENDA – O IGP-DI de outubro (8h) deve acelerar para 0,55%. No mesmo horário, sai a primeira prévia de novembro do IPC-S. Na sequência (8h30), vem o resultado consolidado das contas do setor público. Às 9h, o IBGE divulga as vendas no varejo. Saem ainda a produção industrial regional de setembro (9h) e a produção de outubro da Anfavea (10h). Haddad fala às 9h em evento e estará em duas reuniões à tarde (15h e 16h) com Lula. Pela manhã (11h30), o presidente participa de cerimônia para duplicar a BR-423 (PE).
LÁ FORA – Além de Powell, outros quatro integrantes do Fed falam: Lisa Cook (7h15), John Williams (15h40), Michael Barr (16h) e Philip Jefferson (18h45). Único dado nos EUA, os estoques no atacado em setembro saem às 12h. Na Europa, Andrew Bailey (Boe) discursa em evento às 6h30.
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