Sob pressão por novos estímulos à economia, o governo de Pequim promove na semana as reuniões plenárias anuais. Nos EUA, antes do payroll de fevereiro (6ªF), Powell vai ao Congresso americano duas vezes (4ªF e 5ªF) para comentar o relatório semestral de política monetária do Fed, que recomenda não cortar juro antes de ter maior confiança na desinflação e reforça a aposta de que o ciclo só começará em junho. Também o BCE, que se reúne na 5ªF, deve deixar para agir só em junho.

Por aqui, Campos Neto faz palestra hoje em SP (10h), após ter dito no final de semana que está otimista de que o governo entregará déficit fiscal menor do que o projetado pelo mercado. No noticiário corporativo, causa bastante suspense o balanço da Petrobras (5ªF) e a polêmica dos dividendos.

O investidor não gostou de Prates ter plantado dúvidas sobre os dividendos extraordinários, contrariando as apostas das principais casas de análise de que a estatal pudesse anunciar distribuição de até R$ 8 bi. Desde o comentário dele de que a transição da companhia para uma potência em energia renovável exige “cautela” em relação ao pagamento de dividendos, tem faltado fôlego aos papéis da Petrobras.

Em novo ruído, a imprensa veiculou notícia sobre a abertura de investigação para apurar denúncias de irregularidades no contrato firmado entre a Petrobras e Unigel, que poderiam afetar o cronograma do balanço. Mas a estatal garantiu que o calendário de divulgação está mantido.

Além da Petrobras, a temporada de balanços da semana reserva CSN, CSN Mineração e 3R Petroleum (4ªF), Fleury, Arezzo, CBA, Petz e Zamp (5ªF), Raia Drogasil (amanhã), além de Vibra e Pague Menos (hoje, após o fechamento).

Na agenda dos indicadores econômicos, depois da boa notícia do superávit primário de US$ 79,337 bilhões das contas do Governo Central em janeiro, o destaque é o resultado consolidado do setor público, que sai na 5ªF.

MAIS AGENDA – Focus só sai amanhã em razão da operação-padrão no BC. O ritmo da atividade econômica será conferido esta semana pelos dados de janeiro da produção industrial (4ªF). No mesmo dia, saem a balança comercial de fevereiro e as transações correntes e IDP de janeiro. Do lado da inflação, a semana começa com o IPC-Fipe de fevereiro (hoje, 5h). Na 5ªF, vem o IGP-DI de fevereiro e, na 6ªF, a prévia do IPC-S. O fluxo cambial de fevereiro sairá na 5ªF, ao invés de 4ªF.

BRASÍLIA – O ministro Alexandre Padilha informou que na 5ªF haverá reunião com CMO para discutir vetos à LDO. Em outro ponto de atrito com o Congresso, os prefeitos ameaçam com protesto na 4ªF, revoltados com a decisão do governo federal de manter na MP 1.202 a reoneração da folha de pagamentos dos pequenos municípios.

LÁ FORA – Saem a pesquisa de emprego ADP e o Livro Bege, ambos 4ªF. Na 6ªF, sai o PIB/4Tri no bloco europeu. Amanhã, a inflação ao produtor (PPI) e o PMI composto de fevereiro, que será informado ainda na Alemanha, Reino Unido e nos EUA. Canadá (4ªF) e Peru (5ªF) decidem juro na semana. Na China, hoje à noite (22h45), sai o PMI composto de fevereiro. Na virada de 4ªF para 5ªF, tem a balança comercial do primeiro bimestre. A inflação (CPI e PPI) de 6ªF à noite repercutirá só semana que vem. 

PETRÓLEO – A Bloomberg informou neste domingo que a Opep+ decidiu estender os cortes na produção, de 2 milhões de bpd, até final do 2Tri. A Rússia anunciou que restringirá a oferta em 471 mil bpd período, em coordenação com a Opep.

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