Índices PMI medem hoje a atividade na zona do euro, Alemanha, Reino Unido e EUA, após um início de semana mais calmo, quando os mercados respiraram com relatos de que Israel deve adiar uma incursão terrestre em Gaza. Treasuries devolveram a pressão, enquanto petróleo e dólar recuaram e as bolsas tiveram alguma melhora, em meio à temporada de balanços. Hoje à noite, saem Microsoft e Alphabet.

Aqui, o alerta de Campos Neto sobre a alta dos juros longos americanos assustou o investidor. Para ele, os emergentes podem ser afetados de “forma mais severa”, o que exigiria um maior esforço fiscal. Na agenda doméstica, são destaques: os dados da arrecadação de setembro (10h30) e a provável votação do projeto de taxação dos fundos exclusivos e offshore na Câmara.

Com a volta de Lira, a expectativa é de que a proposta seja aprovada sem grandes surpresas, de acordo com avaliação da Eurasia no Broadcast. A consultoria está otimista, ainda, com outros itens da agenda econômica para este ano, como a reforma tributária, fim das subvenções do ICMS e taxação de Juros sobre Capital Próprio, e as matérias do Orçamento/2024. A principal derrota do governo deve ser a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.

Quanto à reforma tributária, Alexandre Padilha confirmou que o relatório deve ser lido amanhã, 4ªF, na CCJ do Senado. Nesta 2ªF, o relator Eduardo Braga disse que estuda uma alíquota reduzida do novo IVA para os profissionais liberais.

PROFESSOR – Haddad confirmou já ter apresentado para Rodrigo Pacheco os nomes dos novos indicados para a diretoria do BC, que devem ser anunciados nesta semana. Segundo o Valor, os escolhidos seriam “um servidor de carreira do BC”, com mais de 20 anos de casa, e um “professor”, com grande experiência em inflação.

MARCO TEMPORAL – Líderes partidários da Câmara consultados pelo Broadcast Político avaliam que os vetos de Lula ao projeto para a demarcação de terras indígenas serão derrubados pelo Congresso. A Frente Parlamentar da Agropecuária, que é a favor da tese vetada, já se mobiliza para reverter a decisão do presidente.

JOGO DURO – Em evento do Estadão-B3, Campos Neto disse que ficou surpreso com a manifestação da Abranet, que representa as maquininhas independentes, de se opor à proposta de limitar o parcelamento sem juros em 12 prestações. “Foi uma surpresa para mim …. é um tema que vamos conversar melhor à frente.”

VANGUARDA DO RETROCESSO – A notícia de que o conselho de administração da Petrobras aprovou proposta para revisão da política de indicação de membros da alta administração e conselho fiscal desencadeou estresse. A potencial mudança no estatuto levantou ruídos de interferência política, queimou mais de R$ 30 bilhões em valor de mercado da estatal e afundou as ações no pregão do Ibov. Uma assembleia sobre o tema deve ocorrer até início de dezembro.

AGENDA – O mercado espera que a arrecadação federal tenha atingido R$ 174,80 bilhões em setembro (mediana no Broadcast), após R$ 172,785 bilhões em agosto. O ministro Haddad tem reunião à tarde (14h) com os governadores do Nordeste. Antes, pela manhã (11h), ele participa da cerimônia de anúncio do Projeto Sertão Vivo, parceria BNDES-FIDA/ONU, no Palácio do Planalto.

LÁ FORA – A leitura preliminar de outubro do PMI/S&P Global composto será divulgada nos EUA (10h45), zona do euro (5h), Alemanha (4h30) e Reino Unido (5h30). Às vésperas do BCE (5ªF), Lagarde discursa em evento (9h30). No Japão, o PMI/S&P Global composto caiu de 52,1 (setembro) a 49,9 em outubro, passando para território contracionista, diante da pior queda em oito meses da produção industrial.

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