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Bolsas caem e dólar avança em meio ao avanço dos juros nos Estados Unidos
Os ativos de risco tiveram mais um dia de vendas pesadas no Brasil e no exterior, em meio às tensões no Oriente Médio e aos dados da economia americana. Os rendimentos dos Treasuries, os títulos de dívida dos Estados Unidos, continuaram subindo, diante da expectativa de que o Fed, o banco central americano, terá que manter a taxa básica de juros elevada por mais tempo.
A pressão vem dos números de atividade mais fortes do que o esperado, como mostrado ontem pelos dados de venda no varejo e produção industrial, e pela deterioração do quadro fiscal. O Congresso americano continua paralisado, devido ao impasse na eleição de um novo presidente para a Câmara.
Desta forma, os parlamentares também não conseguem avançar e um acordo definitivo sobre o Orçamento dos EUA, para evitar o “shutdown”, ou seja, a paralisação das atividades do governo em novembro. Além disso, o presidente Joe Biden afirmou em Tel-Aviv que vai pedir ao Congresso americano que aprove um pacote de defesa “sem precedentes” a Israel. O anúncio ocorre após os EUA já terem gastos bilhões de dólares na guerra da Ucrânia, inflando ainda mais sua dívida.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,98%, aos 33.665,08 pontos. O S&P500 recuou 1,34%, aos 4.314,60 pontos. E o Nasdaq perdeu 1,62%, aos 13.314,30 pontos. Na B3, o Ibovespa recuou 1,60%, aos 114.059,64 pontos, com volume financeiro de R$ 49,2 bilhões, inflado pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e de índice futuro. O dólar à vista fechou em alta de 0,38%, a R$ 5,0545. (Téo Takar e Ana Conceição)