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Bolsas caem, juros e dólar disparam após CPI forte reforçar Fed mais restritivo
O CPI dos EUA veio acima do esperado pelo 3º mês consecutivo e aplicou um golpe nos mercados nesta 4ªF.
Com a perspectiva de que a inflação terá um caminho tortuoso pela frente, as bolsas caíram firmes, enquanto os rendimentos dos Treasuries dispararam, com o T-Note de 10 anos avançando 18pbs.
Além de grandes bancos já passarem a cogitar apenas dois cortes nos juros pelo Fed este ano, como Goldman Sachs e UBS, o mercado passou o início das reduções de junho para setembro, segundo o CME Group. A ata do Fed envelheceu mal e não mexeu nos índices.
Por aqui, o Ibovespa ignorou o IPCA abaixo do esperado, que subiu 0,16% em março (consenso +0,25%), e acompanhou o mau humor do exterior.
Apenas Petrobras (PETR4: +2,22%) tentou segurar maiores perdas, depois que a estatal anunciou a descoberta de óleo na Margem Equatorial.
Para completar a desilusão, o dólar avançou frente aos pares (DXY +0,98%) e ao real, enquanto juros futuros avançam no mesmo ritmo dos Treasuries.
O índice Dow Jones caiu 1,09%, aos 38.460,98 pontos. O S&P 500 recuou 0,95%, aos 5.160,62 pontos. E o Nasdaq perdeu 0,84%, aos 16.170,36 pontos. O Ibovespa fechou em queda de 1,41%, aos 128.053,74 pontos, com volume de R$ 23,2 bilhões. O dólar à vista teve alta de 1,41%, a R$ 5,0784.
(Eduardo Saraiva)