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Bolsas caem novamente após ajustes para início do corte de juros pelo Fed
[17/01/24] Da Redação do Bom Dia Mercado
As bolsas passaram por outro dia de quedas nesta 4ªF, uma vez que os investidores corrigem as apostas para quando o Fed deve iniciar o ciclo de corte de juros.
Os rendimentos dos Treasuries também avançaram, especialmente na ponta curta, após um leilão de T-bonds de 20 anos que teve demanda abaixo da média e taxa máxima superior à observada. O T-note de 2 anos subiu a 4,363%, de 4,2198%.
O mercado ainda repercutiu as declarações de Christopher Waller ontem, indicando que o Fed pode moderar o período de flexibilização monetária. Segundo dados do CME Group, a probabilidade de redução da taxa pelo BC americano a partir de março caiu de 63,1% ontem para 57,6%, enquanto as chances para manutenção foram para 40,9%, de 34,9% na 3ªF.
Os dados de vendas no varejo acima do esperado, no ritmo mais forte em três meses, e de produção industrial positivos reforçam o argumento de que ainda é cedo para cortar juros.
À tarde, o Livro Bege mostrou que todos os distritos citaram sinais de esfriamento do mercado de trabalho e que a perspectiva de queda nos juros foi citada como fonte de otimismo. Apesar disso, o documento não movimentou os mercados.
Por aqui, o Ibovespa caminhou junto ao exterior e caiu novamente, com o vencimento de opções impulsionando o giro financeiro do índice. Mais cedo, o IBGE divulgou os resultados de vendas no varejo, que subiram 0,1% em novembro e atingiram alta de 2,2% na base anual.
Os traders também ficam atentos às negociações envolvendo a MP da reoneração. Haddad conversou com o presidente Lula hoje e deve se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira, amanhã para tratar do tema.
O Ibovespa fechou em queda de 0,60%, aos 128.523,83 pontos, com volume de R$ 33,8 bilhões (resultado preliminar). O dólar à vista subiu 0,09%, a R$ 4,9301.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,25%, aos 37.266,80 pontos. O S&P 500 recuou 0,56%, aos 4.739,24 pontos. E o Nasdaq perdeu 0,59%, aos 14.855,62 pontos. (Eduardo Saraiva)