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Bolsas começam semana em alta, mas agenda carregada exige cautela
A semana começou em alta para as bolsas americanas e a brasileira, embaladas pela notícia de que o governo da China anunciou estímulos ao mercado acionário local. A medida deu fôlego às ações de produtores de commodities, como Vale e Petrobras. Perto do fechamento, os ativos acentuaram os ganhos com a informação de que governo enviou ao Congresso dos projetos de tributação dos fundos exclusivos (fechados) e no exterior (“offshore”). A medida é considerada fundamental para o governo atingir a meta de déficit fiscal zero em 2024.
Na B3, o Ibovespa fechou com alta de 1,11%, aos 117.120,98 pontos. O volume financeiro do dia foi de apenas R$ 17,4 bilhões. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,62%, aos 34.560,08 pontos, foi puxado especialmente por 3M, que teria pago US$ 5,5 bilhões para encerrar um processo nos Estados Unidos. O Nasdaq avançou 0,84% (13.705,13), com Nvidia novamente entre os destaques. O S&P500 ganhou 0,63% (4.433,28).
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,01%, a R$ 4,8753. Já os juros futuros fecharam sem direção única na B3, depois de passarem boa parte do pregão em alta. Durante participação em evento hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou a importância do equilíbrio fiscal para a redução dos juros e o ceticismo do mercado na capacidade do governo de reduzir o déficit primário.
Apesar do tom positivo hoje, o clima nos mercados é de cautela para os próximos dias, por conta da agenda carregada de indicadores. Há expectativa pelos dados de crescimento do PIB no Brasil e nos Estados Unidos. Investidores também estão de olho na inflação medida pelo PCE e na geração de empregos (payrol) nos Estados Unidos. (Téo Takar e Ana Conceição)