As bolsas seguem em alta em NY nesta tarde, assim como o Ibovespa, em dia de um CPI nem bom o bastante para dar fim definitivamente ao ciclo de alta de juros nos EUA, nem ruim o suficiente para impedir uma pausa do Fomc na semana que vem.

No MarketWatch, o diretor de renda fixa do Morgan Stanley, Vishal Khanduja, resumiu: “Há fatores bons e ruins dentro dos subcomponentes do CPI e é por isso que o mercado está com uma reação muito discreta”. O Dow Jones tem ligeira alta de 0,06%, o S&P 500 avança 0,34%, o Nasdaq sobe 0,61%.

Mas para Khanduja, os dados são suficientes para que se diga “de forma convincente” que uma elevação de juro em setembro “está fora de questão”. Os juros dos Treasuries caem e a T-note de 2 anos está abaixo de 5%. O índice dólar cede 0,08%, a 104,632 pontos.

Os ativos domésticos acompanham a toada externa, com o Ibovespa numa alta mais expressiva que seus pares em NY: +0,92%, a 119.058,56 pontos. Os papéis mais sensíveis aos juros, como os do setor imobiliário, consumo e varejo se destacam. Bancos também sobem. Petrobras (#PETR4 -0,92%) vai na contramão, seguindo a queda do petróleo.

As taxas dos DIs estão em queda, acompanhando o movimento do dólar (-0,76%, a R$ 4,9152) e dos Treasuries. Hoje, o Itaú reduziu suas projeções para a taxa Selic no fim deste ano, de 11,75% para 11,50%, e de 2024, de 9,50% para 9,00%. Para o banco, a dinâmica mais benigna da inflação de serviços, bem como a esperada desaceleração da atividade econômica, pode abrir espaço para um recuo maior da Selic a partir de dezembro. (Ana Conceição)