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Bolsas de NY fecham a semana em queda; Petrobras e Bradesco pesam sobre o Ibovespa
As bolsas de NY fecharam com queda, depois de reagirem positivamente ao payroll na parte da manhã, que apesar de misto elevou as apostas de fim do ciclo de alta de juros nos EUA. À tarde, a cautela prevaleceu, num movimento paralelo à forte queda da ação da Apple (-4,80%). Divulgado ontem, o balanço trimestral da big tech decepcionou. Na semana, os principais índices tiveram perdas expressivas na esteira do rebaixamento do rating dos EUA pela Fitch.
O Dow Jones caiu 0,43%, aos 35.065,62 pontos. O S&P500 recuou 0,53%, a 4.478,03s. O Nasdaq teve queda de 0,36%, a 13.909,24. Na semana, recuaram, respectivamente, 1,11%, 2,27% e 2,85%.
Os retornos dos Treasuries caíram após o payroll. O juro do T-bond de 30 anos recuou a 4,205%, de 4,2955%, ontem. O da T-note de 2 anos, a 4,782% de 4,8831%, e o da T-note de 10 anos, a 4,052%, de 4,1771%.
Por aqui, a cautela também prevaleceu, com desempenho de Petrobras e Bradesco ajudando a corroer o Ibovespa. A ação da petroleira reagiu a falas do presidente da estatal, Jean Paul Prates, que reacenderam temores de ingerência política na companhia. Já o papel do banco foi prejudicado pelo balanço do 2TRI.
O índice fechou com queda de 0,89%, aos 119.507,68 pontos. Na semana, o Ibovespa cedeu 0,57%. O volume financeiro do dia foi de R$ 30,1 bilhões.
Também afetado pelo payroll, o dólar caiu ante pares e emergentes. Aqui, o recuo da moeda no exterior ajudou o mercado a realizar lucro depois da disparada de quase 2% no pós-Copom, ontem.
Com ganho semanal de 3,05% ante o real, o dólar foi pressionado por fatores externos, como o rebaixamento no rating americano, e na arena doméstica, pesou o corte de 0,50pp na Selic, com preocupações sobre um relaxamento monetário mais rápido que o indicado pelo BC brasileiro.
O dólar à vista caiu 0,48%, a R$ 4,8753, após oscilar entre R$ 4,8471 e R$ 4,9180.
As taxas dos DIs fecharam sem direção única na B3, mas próximas dos ajustes de ontem. Enquanto os curtos tiveram pequena alta, num ajuste após a queda de ontem no pós-Copom, os longos foram influenciados pela baixa do dólar e forte queda dos retornos dos Treasuries.
No fechamento, o contrato de DI para jan/24 subiu a 12,470% (contra 12,447% na véspera); jan/25 avançou a 10,480% (de 10,466%); e jan/26 cedeu a 9,930% (de 9,965%). O jan/27 caiu a 10,070% (de 10,108%); jan/29, a 10,530% (de 10,585%); e jan/31, a 10,780% (de 10,840%). (Equipe BDM)