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Ibovespa atinge máxima histórica de fechamento repercutindo o Fed
[14/12/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
Os mercados no Brasil e nos EUA tiveram mais um dia de valorização nesta 5ªF, mesmo após as bolsas em NY testarem o terreno negativo durante alguns momentos do pregão, prejudicadas pelas ações de algumas techs. Mas Tesla e bancos mantiveram os índices americanos para cima.
Os investidores continuam animados com o tom mais moderado do Fed sobre a taxa de juros, principalmente com o início da discussão entre os membros do Fomc para uma potencial redução já em 2024. Isso empurrou as apostas do mercado de que o BC americano deve iniciar o ciclo de corte já em março do ano que vem (63%), segundo o CME Group.
No Brasil, o Ibovespa superou a sua máxima histórica de fechamento, que estava intacta desde 2021, e a máxima intraday, estabelecida agora em 131.259,81 pontos. Além da empolgação com o Fed, o Copom seguiu o roteiro de cortes e reduziu 0,5pp outra vez, contratando novas reduções de mesma magnitude para as próximas reuniões. Há especulações no mercado de que, se o cenário externo continuar progredindo, o BC pode se animar a acelerar o ritmo de queda do juro para 0,75pp.
As atenções também ficaram voltadas ao Congresso Nacional, que derrubou o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamentos. A medida vai custar R$ 25 bilhões à União, valor que não está no Orçamento, segundo Fernando Haddad (Fazenda). O governo vai acionar o Judiciário contra a prorrogação da desoneração. O movimento em Brasília não prejudicou o rali estendido da bolsa brasileira, mas mexeu no dólar e juros futuros, que saíram das mínimas e fecharam próximos das máximas, diante da maior percepção de risco fiscal.
O Ibovespa fechou em alta de 1,06%, no mais novo topo histórico de 130.842,09 pontos, com volume de R$ 34,1 bilhões. O dólar à vista subiu 0,12%, para R$ 4,9151. Em Nova York, o índice Dow Jones avançou 0,43%, aos 37.248,51 pontos. O S&P 500 ganhou 0,26%, aos 4.719,55 pontos, e o Nasdaq avançou 0,19%, aos 14.761,56 pontos. (Eduardo Saraiva)