[25/03/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas nos Estados Unidos e no Brasil fecharam em queda nesta segunda-feira (25), uma vez que o mercado operou de forma cautelosa. Em Nova York, os investidores aguardam dados importantes durante esta semana, enquanto analisaram declarações divergentes de membros do Federal Reserve.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, repetiu o discurso da última sexta-feira e afirmou que espera apenas um corte de 25 pontos-base nos juros este ano. Em evento em uma universidade, o dirigente disse que a economia segue forte e que a inflação continua persistente, levando a necessidade de que o afrouxamento monetário ocorra mais tarde.

Por outro lado, o presidente do BC americano de Chicago, Austan Goolsbee, confirmou a pretensão do gráfico de pontos, divulgado na semana passada, e disse esperar três reduções nas taxas básicas nesta ano. Porém, ele se mostrou cauteloso em relação à inflação e evitou cravar quando o afrouxamento monetário começará.

O mercado fica à espera da divulgação de importantes indicadores econômicos nos próximos dias, como nova revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre, na quinta-feira (28).

Além disso, no feriado de Páscoa, na 6ªF, saem os dados de preços ao consumo (PCE) americano, indicador de inflação favorito do Fed, além de outra declaração de Jerome Powell, chair do BC americano. Os dois fatos devem repercutir nos mercados somente na outra semana.

Os índices acionários de Wall Street fecharam assim:

• Dow Jones: -0,41% (39.313,10 pontos)
• S&P 500: -0,30% (5.218,25 pontos)
• Nasdaq: -0,27% (16.384,47 pontos)

Ibovespa

No Brasil, o Ibovespa seguiu a cautela e fechou em leve queda, oscilando ao longo de toda a sessão. Enquanto petroleiras impulsionaram o índice paulista para cima, acompanhando a valorização do petróleo, metálicas fecharam majoritariamente em queda. Os setores de varejo e financeiro encerraram mistos.

Os investidores também aguardam importantes fatos ao longo da semana. Na terça-feira, o Banco Central divulgará a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O comunicado do BC deixou uma ponta solta na semana passada, quando não detalhou as “incertezas domésticas” que justificaram a mudança do forward guidance, agora limitado a um reunião apenas (maio).

O investidor espera pela ata para confirmar as suspeitas de que o Copom está preocupado com as incertezas fiscais, apesar de o governo ter bloqueado menos de R$ 3 bilhões em despesas no relatório bimestral de inflação, sem alteração na meta fiscal.

Além disso, a agenda também conta com dados da prévia da inflação (IPCA-15) de março, na terça-feira (26), e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na 5ªF.

No câmbio, o dólar seguiu a tendência externa e fechou em baixa frente ao real, com a recuperação nos preços das commodities, especialmente do petróleo, colaborando para a alta das moedas emergentes nesta 2ªF.

O Ibovespa fechou em queda de 0,08%, aos 126.931,47 pontos. O volume financeiro foi limitado, de apenas R$ 16,4 bilhões. O dólar à vista teve queda de 0,50%, a R$ 4,9734.

(Eduardo Saraiva)