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Bolsas recuam e dólar sobe com recado de bancos centrais globais, de que juros seguirão altos por mais tempo

Atualizado 21/09/2023 às 18:21:20

O dólar avançou frente às principais moedas e as bolsas fecharam no vermelho aqui e nos Estados Unidos, com os investidores ainda repercutindo a decisão do Fed. Embora tenha mantido as taxas na reunião de ontem, o banco central americano deixou a porta aberta para mais um aumento de juros até o fim do ano, além de sinalizar que as taxas deverão permanecer em nível elevado por mais tempo para fazer frente à inflação ainda elevada e à economia ainda aquecida.

O BoE, banco central da Inglaterra, surpreendeu hoje ao não mexer nos juros em uma decisão apertada, mas também indicou que os juros terão de ficar “suficientemente restritivos por período suficientemente longo”. Bancos centrais da Suécia, Noruega e Turquia também subiram suas taxas básicas hoje. O Banco Central Europeu (BCE) e o BC da Rússia já tinham elevado na semana passada.

Diante do cenário de juros mais altos por mais tempo, investidores fugiram dos ativos de risco. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,08%, aos 34.070,42 pontos; o S&P500 recuou 1,64%, aos 4.330,00 pontos; e o Nasdaq perdeu 1,82%, aos 13.223,98 pontos. Na B3, o Ibovespa fechou com queda de 2,15%, aos 116.145,05 pontos.

Aqui, embora tenha seguido na direção contrária do resto do mundo, o Copom deixou claro que não há espaço para acelerar o ritmo de afrouxamento e seguirá com 0,5 ponto porcentual por reunião até o fim do ano. O BC brasileiro também reacendeu a luz amarela sobre o risco fiscal, o que colaborou para acentuar a cautela do mercado, elevando os juros futuros e piorando a performance do real frente ao dólar. O dólar à vista fechou em alta de 1,13%, a R$ 4,9352. (Téo Takar)

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