[21/12/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

Números mais modestos dos Estados Unidos estimularam os investidores a continuarem o rali de fim de ano nesta quinta-feira. Os sinais de que o ritmo de crescimento da economia americana caminha para um “pouso suave” no ano que vem reforçaram as apostas de queda dos juros por lá, enfraquecendo o dólar e impulsionando as bolsas.

O PIB dos EUA cresceu 4,9% no terceiro trimestre na comparação com o segundo trimestre, na leitura final do dado, mas veio pouco abaixo dos 5,2% esperados pelo mercado. Já o índice de preços PCE ficou em 2,6% no trimestre, abaixo da expectativa de alta de 2,8%. Os dados colaboram para um cenário de desaceleração da economia, para que o Fed, o banco central americano, inicie seu afrouxamento monetário ainda no primeiro trimestre do ano que vem.

No Brasil, o dia também foi positivo para os ativos de risco, com investidores mais aliviados em relação ao risco fiscal para 2024 depois que o Senado aprovou ontem à noite a medida provisória 1.185, que trata das subvenções do ICMS. A medida deve garantir uma arrecadação extra de cerca de R$ 35 bilhões para o governo federal no ano que vem, tornando a meta fiscal de déficit zero mais crível.

Outro dado do dia, o Relatório Trimestral de Inflação, não trouxe grandes novidades. Na entrevista sobre o documento, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou a meta do Copom, de realizar cortes de 0,50 ponto porcentual nas próximas duas reuniões do Comitê. Daí em diante, tudo vai depender dos dados.

O Ibovespa fechou em alta de 1,05%, batendo novo recorde, aos 132.182 pontos, com volume de R$ 19,8 bilhões. O dólar à vista caiu 0,49%, para R$ 4,8877.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,87%, para 37.404,35 pontos. O S&P500 avançou 1,03%, para 4.746,75 pontos. E o Nasdaq teve alta de 1,26%, para 14.963,87 pontos. (Téo Takar)