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Bolsas sobem em NY após discurso sem surpresas de Powell; Ibovespa cai com inflação acima do esperado
Os mercados se concentraram nesta sexta-feira nos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos. As declarações foram duras, mas não tanto quanto alguns esperavam. Powell disse que os juros ainda podem subir mais nos Estados Unidos, se for necessário, para a inflação convergir para a meta do Fed. “Vamos manter os juros em nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação apresenta queda sustentável rumo à meta de 2%”, declarou.
No fim das contas, o discurso do dirigente do banco central americano não trouxe surpresas. Passado o susto da fala inicial, as bolsas em Nova York retomaram o sinal positivo e assim continuaram até o fechamento. O índice Dow Jones subiu 0,73% (34.346,96 pontos); o S&P500 avançou 0,67% (4.405,73); e o Nasdaq ganhou 0,94% (13.590,65). Na semana, o Dow caiu 0,45%, mas S&P 500 (+0,82%) e Nasdaq (+2,26%) acumularam ganhos.
Já no Brasil, a história foi outra. O Ibovespa teve um dia negativo do início ao fim. A sessão começou em baixa, pressionada pelo IPCA-15 de agosto, que mede da inflação entre a metade de julho e a metade de agosto. O IPCA-15 subiu 0,28%, bem acima do esperado pelos economistas (+0,16%). A queda da bolsa se acentuou no começo da tarde, após o discurso de Jerome Powell, e o Ibovespa fechou em baixa de 1,02%, aos 115.837,20 pontos, mas com giro fraco, de apenas R$ 18,7 bilhões. Apesar do recuo no dia, o Ibovespa teve a primeira semana positiva após quatro seguidas no vermelho, com alta de 0,37%.
No mercado de juros futuros, depois de três dias em queda, na esteira da aprovação do arcabouço fiscal, as taxas voltaram a subir, devido à surpresa ruim do IPCA-15. Já o dólar à vista oscilou com as declarações de Powell, mas seguiu a tendência da moeda no exterior e encerrou a sexta-feira em leve baixa de 0,09%, cotado a R$ 4,8756. Na semana, a moeda recuou 1,86%. (Téo Takar e Ana Conceição)